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Cabaz alimentar está 17 euros mais caro face há um ano: preço dos ovos foi o que mais aumentou

• Sep 1, 2025, 11:50 AM
5 min de lecture
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O preço do cabaz alimentar monitorizado pela DECO PROteste custa hoje mais 17 euros do que há um ano. Apesar de uma ligeira descida na última semana de agosto, de 13 cêntimos (menos 0,05%), para 241,17 euros, este é um dos preços mais elevados desde que a organização de defesa do consumidor começou a acompanhar o preço desta cesta com 63 bens essenciais.

No início deste ano, a 1 de janeiro, o cabaz alimentar custava menos 5 euros (menos 2,12%). Há um ano, a 28 de agosto de 2024, custava menos 16,54 euros (menos 7,36%). Já em janeiro de 2022, os consumidores gastavam menos 53,47 euros (menos 28,48%) para comprar exatamente os mesmos produtos alimentares.

Quais os produtos que mais aumentaram?

No último ano, entre 28 de agosto de 2024 e 27 de agosto de 2025, o preço dos ovos foi o que mais aumentou: subiu 60 cêntimos (mais 41%). Para comprar meia dúzia de ovos os portugueses podem agora ter de gastar 2,06 euros.

Há um ano, a mesma caixa de ovos custava 1,47 euros. Os ovos também estão entre os produtos do cabaz alimentar cujo preço mais subiu percentualmente desde o início deste ano. A 1 de janeiro de 2025, os ovos custavam 1,61 eurosmenos 45 cêntimos (menos 28%) relativamente à última semana. Já em janeiro de 2022, quando a DECO PROteste iniciou esta análise, os ovos custavam 1,14 euros, menos 92 cêntimos (menos 81%).

Além dos ovos, comparando os preços da última semana de agosto com os do período homólogo, a 28 de agosto de 2024, a maior subida percentual de preço verificou-se ainda em produtos como a alface frisada (mais 38%), os brócolos (mais 33%) e a carne de novilho para cozer (mais 28%).

Se analisada a semana entre os dias 20 e 27 de agosto, os produtos cujo preço mais aumentou percentualmente foram os douradinhos de peixe (mais 22%), as salsichas frankfurt (mais 13%) e a cebola (mais 10%).

Já comparativamente a janeiro de 2022, os maiores aumentos percentuais registaram-se na carne de novilho para cozer (mais 92%), nos ovos (mais 81%) e na laranja (mais 71%).

Preço do cabaz aumentou 5,43 euros desde o fim do IVA zero

De acordo com a DECO PROteste, desde o último dia de isenção de IVA nos alimentos, a 4 de janeiro de 2024, o cabaz de 41 alimentos que tiveram IVA zero viu o preço subir 5,43 euros (mais 3,82%), de 141,97 euros para 147,40 euros, a 27 de agosto de 2025. 

A carne de novilho para cozer, os ovos e a dourada foram os produtos que registaram as maiores subidas percentuais de preço desde o último dia da isenção de IVA, a 4 de janeiro do ano passado, com aumentos de 36%, 35% e 34%, respetivamente.

Para aliviar a carteira dos consumidores e conter a subida dos preços dos bens essenciais, em março de 2023, o Governo de António Costa assinou um acordo com o retalho alimentar e o setor da produção agroalimentar que se traduziu na isenção de IVA num cabaz com mais de 40 alimentos entre 18 abril de 2023 e 4 de janeiro de 2024.

Qual a razão para os preços dos alimentos terem aumentado tanto nos últimos três anos?

Segundo a organização de defesa do consumidor, o aumento dos preços dos bens essenciais podem ser explicados por um conjunto de fatores.

Em grande parte deve-se à invasão russa da Ucrânia, de onde eram provenientes grande parte dos cereais consumidos na União Europeia (e em Portugal). A guerra veio pressionar o setor agroalimentar, que estava a tentar recompor-se após as consequências da pandemia de covid-19 e da seca.

A limitação da oferta de matérias-primas e o aumento dos custos de produção, nomeadamente dos fertilizantes e da energia, necessários à produção agroalimentar, refletiu-se, por isso, num incremento dos preços nos mercados internacionais e, consequentemente, nos preços ao consumidor de produtos como a carne, os hortofrutícolas, os cereais de pequeno-almoço ou o óleo vegetal em 2022.

No caso dos ovos, a explicação está na crise global causada pela gripe das aves e que causou elevada escassez, sobretudo, nos Estados Unidos, onde foram abatidas mais de 170 milhões de galinhas desde 2022, ano de início do surto.

Tanto Portugal como o resto da Europa, foram contaminados pela crise norte-americana, uma vez que a procura é superior à oferta.


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