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Detenção de Pavel Durov relacionada com investigação em curso sobre 12 crimes, segundo Justiça francesa

• Aug 27, 2024, 3:00 PM
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Pavel Durov foi detido no sábado no âmbito de uma investigação francesa sobre alegados crimes relacionados com material de abuso sexual de crianças, transações ilícitas por grupos organizados, fraude e tráfico de droga, informou o Ministério Público de Paris.

O cofundador e diretor-executivo do Telegram foi detido pela polícia francesa no sábado à noite num aeroporto perto de Paris.

A sua prisão preventiva foi prolongada na segunda-feira à noite por um período máximo de 48 horas.

Os procuradores disseram que a detenção estava relacionada com uma investigação judicial de cibercrime aberta em julho "contra uma pessoa não identificada" relacionada com 12 alegadas violações.

Estas incluem a cumplicidade na posse e divulgação de pornografia infantil, na administração de uma plataforma em linha para permitir o crime organizado e na aquisição, transporte ou oferta de estupefacientes.

O gabinete da procuradora de Paris, Laure Beccuau, mencionou ainda um possível crime de recusa de comunicação de documentos necessários às autoridades e de prestação de serviços de encriptação destinados a "assegurar funções de confidencialidade sem a necessária declaração".

Macron: "Não é uma decisão política"

A investigação do Ministério Público de Paris seguiu-se a um inquérito preliminar da sua secção de cibercriminalidade.

Os juízes de instrução remeteram o inquérito para os gabinetes de criminalidade digital e antifraude.

Na terça-feira, o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, descreveu a decisão de um juiz francês de prolongar a detenção de Durov como "muito grave".

O presidente francês Emmanuel Macron afirmou na segunda-feira que a detenção faz parte de "uma investigação judicial em curso", acrescentando que não se trata "de forma alguma de uma decisão política".

"Cabe aos juízes decidir sobre o assunto", disse o presidente francês.

O Telegram afirmou num comunicado que "é absurdo afirmar que uma plataforma ou o seu proprietário são responsáveis pelo abuso dessa plataforma".