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UE quer obrigar empresas a utilizar automóveis elétricos nas suas frotas

• Dec 7, 2025, 3:10 PM
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A União Europeia poderá introduzir, a partir de 2030, um requisito para que as empresas europeias comprem apenas carros elétricos para as suas frotas. A Comissão Europeia poderá anunciar esta medida num pacote de iniciativas anunciado a 10 de dezembro.

A ordem para comprar apenas carros elétricos aplicar-se-ia a todas as empresas, bem como às empresas de leasing e aluguer de automóveis. Os clientes empresariais teriam de deixar de comprar automóveis com motores de combustão já cinco anos antes da proibição prevista da sua venda na UE, que deverá entrar em vigor a partir de 2035.

Numa conferência realizada em Varsóvia, na sexta-feira, representantes do Governo polaco, deputados ao Parlamento Europeu e representantes das empresas salientaram o impacto que o novo regulamento terá nas empresas e na transição energética.

O objetivo de descarbonização em si deve ser apoiado, mas esta solução da CE não o é. Os objetivos têm de ser realistas e mensuráveis, ou seja, têm de abordar a questão dos interesses das empresas. A condicionalidade deve ser considerada — um sistema de incentivos, em vez de prescrições. E isto aplica-se a toda a política energética e climática", sublinhou Konrad Wojnarowski, subsecretário de Estado do Ministério da Energia polaco.

Carros elétricos obrigatórios para as empresas? Consequências

Marcin Balicki, Presidente do Conselho da Associação Polaca de Locação Financeira, destacou os principais obstáculos económicos e infraestruturais. "O que nos falta é uma discussão sobre como acelerar o aumento da proporção de automóveis com emissões zero. Estes novos regulamentos não resolvem o problema. Os problemas são económicos. Atualmente não produzimos carros elétricos suficientes na Europa para que sejam baratos. Em segundo lugar, a sua funcionalidade não convence os utilizadores. Faltam carregadores gratuitos nos grandes locais de trabalho e nos grandes centros populacionais. Em terceiro lugar, o risco de o valor do carro diminuir rapidamente é enorme e dificulta o financiamento", afirmou.

O eurodeputado Dariusz Joński (PPE) também manifestou dúvidas quanto à escala e ao ritmo da mudança. Alertou para o facto de que a imposição de obrigações de compra de veículos com emissões zero poderia afetar de forma particularmente dura as pequenas empresas e os comerciantes em nome individual, levando a um aumento dos custos e à deterioração da sua competitividade. Segundo ele, uma transformação tão profunda exige flexibilidade, diálogo e um período de transição suficientemente longo.

_"_Sujeitar as empresas de leasing e de frotas a obrigações que obriguem a aquisição de veículos com emissões zero significaria transferir custos gigantescos aos empresários, nomeadamente às PME e aos comerciantes em nome individual. Este tipo de regulamentação pode ameaçar a liquidez de muitas empresas e reduzir a sua competitividade", afirmou Dariusz Joński.

A eurodeputada Anna Brylka (membro da fação do Partido Popular Europeu no PE), por sua vez, salientou que a forma final da legislação da UE depende, em grande medida, da rapidez com que se inicia uma discussão alargada sobre o assunto.

"Talvez um debate tão precoce influencie a forma da legislação que ainda não foi formalmente notificada. É muito mais difícil influenciar a retirada de legislação já existente. Se a legislação fosse aprovada tal como está, significaria, efetivamente, uma proibição de as empresas comprarem automóveis de combustão. Porque é isso que significa a definição alargada de frota proposta pela CE. Mudar o que sai da Comissão é muito, muito difícil", sublinhou Anna Bryłka.

Carros elétricos na Europa

O líder europeu em matrículas de automóveis elétricos é a Dinamarca, com uma quota de 66,5%, e os Países Baixos e a Bélgica também têm quotas superiores a 30%.

Na Polónia, a percentagem de carros elétricos no total de veículos novos registados nos primeiros três trimestres deste ano foi de apenas 6,4%. Os carros sem emissões tiveram uma percentagem ainda menor na República Checa (5,6%), na Itália (5,2%) e na Eslováquia (4,5%), por exemplo.


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