Segunda criança morre em surto de sarampo nos EUA e novos casos continuam a aumentar

Uma criança de oito anos é a terceira pessoa a morrer de sarampo nos Estados Unidos desde que o vírus começou a assolar o estado do Texas no final de janeiro. Das três vítimas, duas são crianças.

A criança, que morreu na quinta-feira, não era vacinada e estava a ser tratada por complicações do sarampo, segundo informou um porta-voz do hospital.

Os EUA têm agora mais do dobro do número de casos de sarampo que registaram em todo o ano de 2024, com o Texas a registar outro grande aumento de casos e hospitalizações na sexta-feira. Vários outros estados têm surtos ativos e o vírus está a propagar-se em comunidades não vacinadas.

O sarampo é causado por um vírus altamente contagioso que é transmitido pelo ar e se espalha facilmente quando uma pessoa infetada respira, espirra ou tosse. A transmissão da doença e a maioria das suas complicações pode ser prevenida através da vacinação.

A maioria das crianças recupera do sarampo, mas a infeção pode levar a complicações perigosas, como pneumonia, cegueira, inchaço cerebral e morte.

Uma criança de 6 anos morreu de sarampo no Texas no final de fevereiro e o Novo México registou a sua primeira morte relacionada com o sarampo num adulto, a 6 de março.

O que está a acontecer com o sarampo nos EUA?

O sarampo foi uma doença considerada eliminada dos EUA desde 2000.

Os casos e surtos são geralmente atribuídos a alguém que apanhou a doença no estrangeiro, podendo depois propagar-se, especialmente em comunidades com baixas taxas de vacinação.

As taxas de vacinação locais devem ser superiores a 95% para evitar a propagação do sarampo, no que se designa por "imunidade de grupo".

Até agora, em 2025, registaram-se 607 casos em 21 estados, a maioria dos quais no Texas, segundo os dados de saúde dos EUA.

Os especialistas em saúde receiam que a propagação do sarampo nos EUA se possa prolongar por mais um ano.

E na Europa?

No ano passado, registaram-se mais de 120 000 casos de sarampo na Europa e na Ásia Central - o maior número de casos em 25 anos, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Do início de 2024 ao início de 2025, registaram-se mais de 32 000 casos na União Europeia, Islândia, Liechtenstein e Noruega.

A Roménia está a registar o maior surto, mas as autoridades sanitárias europeias afirmam que os casos deverão aumentar em todo o bloco nos próximos meses.

A maioria dos doentes não foi vacinada e muitos eram crianças pequenas.

A nível mundial, estima-se que 10,3 milhões de pessoas tenham contraído sarampo em 2023 e que 107 500 tenham morrido.