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"Depravação e ilegalidade": U2 pronunciam-se sobre as ações de Israel em Gaza

• Aug 11, 2025, 10:43 AM
9 min de lecture
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Os roqueiros irlandeses U2 pronunciaram-se sobre a crise israelo-palestiniana, com Bono a dizer que as ações de Benjamin Netanyahu "parecem agora um território desconhecido".

Numa publicação partilhada ontem no Instagram, os quatro membros dos U2 - Bono, The Edge, Adam Clayton e Larry Mullen Jr. - divulgaram respostas pessoais às ações de Israel em Gaza.

Depois de condenar as ações "diabólicas" do Hamas, Bono dirigiu-se ao governo israelita, que, segundo ele, "merece hoje a nossa condenação categórica e inequívoca".

"Não há justificação para a brutalidade que [Netanyahu] e o seu governo de extrema-direita infligiram ao povo palestiniano... em Gaza... na Cisjordânia. E não só desde 7 de outubro, mas também muito antes... embora o nível de depravação e de ilegalidade a que estamos a assistir agora pareça um território desconhecido."

E continuou: "E agora Netanyahu anuncia uma ocupação militar da cidade de Gaza... que a maioria dos comentadores informados entende como um eufemismo para a colonização de Gaza."

Refere-se aqui ao anúncio feito pelo governo israelita no sábado, 9 de agosto, em que foi aprovada uma ofensiva terrestre que terá como objetivo assumir o controlo total da cidade de Gaza.

"Sabemos que o resto da Faixa de Gaza... e a Cisjordânia são os próximos", acrescentou Bono. "Em que século é que estamos? O mundo não está farto deste pensamento de extrema-direita? Sabemos onde é que isto acaba... guerra mundial... milenarismo".

E continuou: "Como alguém que há muito acredita no direito de Israel a existir e apoia uma solução de dois Estados, quero deixar claro a todos que se interessam em ouvir a condenação da nossa banda às ações imorais de Netanyahu e juntar-me a todos aqueles que pediram o fim das hostilidades de ambos os lados."

Joe Biden entrega a Medalha Presidencial da Liberdade a Bono na Sala Leste da Casa Branca, 4 de janeiro de 2025
Joe Biden entrega a Medalha Presidencial da Liberdade a Bono na Sala Leste da Casa Branca, 4 de janeiro de 2025 AP Photo

O baixista dos U2, Adam Clayton, escreveu que "preservar a vida dos civis é uma escolha nesta guerra", enquanto o baterista Larry Mullen Jr. disse: "É difícil compreender como é que uma sociedade civilizada pode pensar que matar crianças à fome vai promover qualquer causa e ser justificado como uma resposta aceitável a outro horror". Acrescentou ainda que "matar civis inocentes à fome, como arma de guerra, é desumano e criminoso".

Pode ler, de seguida, as declarações na íntegra:

As recentes declarações dos U2 vêm na sequência dos comentários de Bono nos Ivor Novello Awards, em maio.

A banda subiu ao palco para aceitar o prémio Fellowship of the Ivors Academy, com Bono a dizer: "Eu costumava apresentar a próxima canção dizendo que não era uma música rebelde. Isso porque acreditar nas possibilidades da paz era, e ainda é, um ato de rebeldia; e alguns diriam que é um ato ridículo" - referindo-se à canção dos U2 "Sunday Bloody Sunday", a sua faixa de 1983 sobre o massacre de 1972 em que o exército britânico disparou sobre manifestantes desarmados durante os conflitos na Irlanda do Norte.

O cantor criticou depois o Hamas e Netanyahu: "Hamas, libertem os reféns, parem a guerra. Israel, liberte-se de Benjamin Netanyahu e dos fundamentalistas de extrema-direita que distorcem os seus textos sagrados", referiu na altura, acrescentando: "Protejam todos os nossos trabalhadores humanitários - eles são os melhores de nós".

"Acreditar que a paz era alcançável entre o vosso país e o nosso, entre o nosso país e ele próprio, é uma ideia ridícula, porque a paz cria possibilidades nas situações mais intratáveis e Deus sabe que existem algumas delas neste momento", acrescentou.

Peritos em direitos humanos e organismos da ONU afirmaram que as ações militares de Israel em Gaza podem constituir genocídio. O Tribunal Internacional de Justiça considerou plausíveis as alegações de genocídio, mas Israel rejeita as acusações e nega ter cometido quaisquer crimes de guerra.


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