Madonna pede a Papa Leão que visite Gaza "antes que seja demasiado tarde"

A ícone da pop Madonna fez uma publicação na rede social X onde pede a Leão XIV que se desloque a Gaza para "levar a sua luz às crianças antes que seja tarde demais."
O apelo foi motivado pelo aniversário do seu filho Rocco. "Sinto que o melhor presente que lhe posso dar como mãe é pedir a todos que façam o que puderem para ajudar a salvar as crianças inocentes apanhadas no fogo cruzado em Gaza", escreveu Madonna.
A cantora, que foi criada como católica romana, acrescentou que o pontífice é "o único de nós a quem não pode ser negada a entrada" em Gaza, acrescentando que "não há mais tempo."
"Não estou a apontar o dedo, a colocar a culpa ou a tomar partido", escreveu. "Toda a gente está a sofrer. Estou apenas a tentar fazer o que posso para evitar que estas crianças morram de fome.", escreveu.
O Papa renovou recentemente o seu apelo a um cessar-fogo imediato em Gaza, pedindo à comunidade internacional que respeite as leis humanitárias e a obrigação de proteger os civis.
"Apelo mais uma vez ao fim imediato da barbárie desta guerra e a uma resolução pacífica do conflito", afirmou o pontífice no mês passado.
Madonna é a mais recente figura proeminente do mundo da música a falar em nome dos palestinianos em Gaza, mas também os U2 já se tinham pronunciado sobre o assuntyo.
No domingo, os quatro membros dos U2 - Bono, The Edge, Adam Clayton e Larry Mullen Jr. - pronunciaram-se sobre as ações de Israel em Gaza.
Depois de condenar as ações "diabólicas" do Hamas, Bono escreveu que Benjamin Netenyahu e o governo israelita merecem "a nossa condenação categórica e inequívoca."
"Não há justificação para a brutalidade que [Netanyahu] e o seu governo de extrema-direita infligiram ao povo palestiniano... em Gaza... na Cisjordânia. E não só desde 7 de outubro, mas também muito antes... embora o nível de depravação e de ilegalidade a que estamos a assistir agora pareça um território desconhecido", escreveu.
E continuou. "E agora Netanyahu anuncia uma tomada militar da Cidade de Gaza... que a maioria dos comentadores informados entende como um eufemismo para a colonização de Gaza."
O baixista dos U2, Adam Clayton, escreveu que "preservar a vida dos civis é uma escolha nesta guerra", enquanto o baterista Larry Mullen Jr. disse, "é difícil compreender como é que uma sociedade civilizada pode pensar que matar crianças à fome vai promover qualquer causa e ser justificado como uma resposta aceitável a outro horror."
Acrescentou ainda que "matar civis inocentes à fome como arma de guerra é desumano e criminoso."
Morre em média 28 crianças por dia em Gaza
A UNICEF, a agência das Nações Unidas para a infância, escreveu no Twitter na semana passada que "mais de 18.000 crianças foram mortas em Gaza nos últimos 22 meses" e que morrem "em Gaza, uma média de 28 crianças por dia - do tamanho de uma sala de aula."
Israel nega que esteja a haver fome ou que haja crianças a morrer à fome e afirma ter fornecido alimentos suficientes durante a guerra, acusando o Hamas de roubar a ajuda.
Especialistas em direitos humanos e organismos da ONU afirmaram que as ações militares de Israel em Gaza podem equivaler a genocídio e o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) considerou plausíveis as alegações de genocídio. Contudo, Israel rejeita as acusações e nega ter cometido quaisquer crimes de guerra.
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