Um passaporte no seu smartphone: UE promete controlos fronteiriços mais rápidos e mais fáceis até 2030
Os viajantes que entram e saem do espaço Schengen da UE vão poder armazenar digitalmente as suas credenciais de viagem, de acordo com os planos revelados pela Comissão Europeia na terça-feira.
Os dados atualmente armazenados no chip de um passaporte ou bilhete de identidade podem ser transferidos para um smartphone para permitir uma passagem mais rápida nas fronteiras, afirmou a Comissão Europeia.
"A proposta de digitalização dos passaportes e dos bilhetes de identidade abre caminho a uma experiência de viagem mais segura e sem descontinuidades", afirmou Věra Jourová, vice-Ppresidente da Comissão Europeia responsável pelos valores e pela transparência, num comunicado.
A apresentação antecipada dos planos de viagem e dos documentos às autoridades reduzirá o tempo de espera nos postos fronteiriços, permitindo-lhes verificar a autenticidade e concentrar-se em casos mais preocupantes, como o dos passadores de migrantes, defende a Comissão.
Os planos têm de ser aprovados pelo Conselho da UE, que representa os Estados-membros, bem como pelos legisladores do Parlamento Europeu - e surgem numa altura em que o bloco se prepara para introduzir um novo sistema separado para controlar as entradas e saídas do Espaço Schengen da UE.
O sistema de entrada-saída deverá entrar em funcionamento em novembro, embora notícias recentes sugiram que poderá sofrer novos atrasos.
Os viajantes de países terceiros terão de passar por scanners quando entrarem em Schengen, a zona interna sem passaportes que abrange a maior parte da UE e a Noruega, Islândia, Liechtenstein e Suíça, mas exclui a Irlanda e Chipre.
O serviço de passaporte digital será voluntário e gratuito para os viajantes, segundo a Comissão, e poderá entrar em vigor até 2030.