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Trump diz que ainda há muito para debater com Putin sobre o cessar-fogo na Ucrânia

• Mar 18, 2025, 8:19 AM
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Donald Trump afirmou esta segunda-feira que "ainda há muito" a acordar com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, antes de um telefonema muito aguardado sobre o cessar-fogo na Ucrânia.

"Muitos elementos de um acordo final foram acordados, mas ainda falta muito", disse Trump.

O presidente norte-americano confirmou na sua plataforma Truth Social que ele e Putin vão falar esta terça-feira de manhã [hora local] sobre a proposta de uma pausa provisória de 30 dias nos combates na região.

A administração Trump tem estado geralmente otimista quanto à possibilidade de garantir o apoio da Rússia ao acordo de cessar-fogo, com o qual a Ucrânia já concordou.

"Vamos ver se conseguimos chegar a um acordo de paz, um cessar-fogo e paz. E penso que seremos capazes de o fazer", disse Trump aos jornalistas na segunda-feira.

Também na segunda-feira, o presidente dos EUA disse que Washington e Moscovo já tinham discutido terrenos, centrais elétricas e a "divisão de certos bens" entre a Rússia e a Ucrânia como parte de um acordo.

O enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, e a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, sugeriram que as autoridades norte-americanas e russas discutiram o destino da central nuclear de Zaporizhzhia, no sul da Ucrânia.

"Há uma central nuclear na fronteira entre a Rússia e a Ucrânia que foi discutida com os ucranianos e que será abordada no encontro de amanhã com Putin", disse Leavitt na segunda-feira.

A central nuclear está no centro do fogo cruzado desde que Moscovo invadiu e se apoderou das instalações - provocando o alarme dos organismos internacionais de que os combates em torno da maior central nuclear da Europa poderiam conduzir a uma potencial catástrofe nuclear.

No seu discurso noturno, o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy acusou Putin de prolongar deliberadamente a guerra.

"A implementação desta proposta já poderia ter começado há muito tempo. Todos os dias em tempo de guerra são uma questão de vidas humanas", disse Zelenskyy.

Putin afirmou na semana passada que, embora concordasse com a "ideia" de um cessar-fogo, havia questões sem resposta - como o destino dos soldados ucranianos na região de Kursk - que precisavam de ser discutidas antes de Moscovo poder apoiar a proposta.

Também levantou questões sobre a forma como um potencial cessar-fogo poderia ser monitorizado e excluiu a ideia de colocar tropas de manutenção da paz da NATO para garantir a paz.

Não é claro até que ponto estão avançadas as discussões sobre o acordo de cessar-fogo, tendo Witkoff - que se deslocou a Moscovo para se encontrar com Putin na semana passada - recusado responder a questões específicas sobre o acordo numa entrevista à CNN.

"Estou realmente esperançado de que vamos ver alguns progressos", disse Witkoff, sugerindo que "as quatro regiões" eram de importância crítica para as discussões.

O Reino Unido e a França encorajaram Putin a aceitar um acordo. O presidente francês Emmanuel Macron disse que Zelenskyy demonstrou a "coragem" de aceitar um acordo, declarando que "cabe à Rússia provar que realmente quer a paz".

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, afirmou no sábado, após um telefonema com líderes internacionais, que Putin deveria concordar com um cessar-fogo se estivesse "a falar a sério" sobre a paz.

"O meu sentimento é que, mais cedo ou mais tarde, Putin vai ter de se sentar à mesa e iniciar discussões sérias", disse Starmer.