Tempestade Boris a caminho de Itália deixa 21 mortos e rasto de devastação na Europa central
A Itália prepara-se para ser afetada por chuvas torrenciais nos próximos dias, já que a tempestade Boris, que varreu a Europa central, se dirige agora para sul.
Nas regiões italianas de Emilia-Romagna, Marche e Lazio são esperadas inundações: o serviço meteorológico italiano estima que, nos próximos três dias, caiam mais de 250 milímetros de chuva. "O Mar Adriático, invulgarmente quente, vai alimentar tempestades em todos os Apeninos Adriáticos a partir de terça-feira e até quinta-feira", disse o meteorologista Lorenzo Tedici à agência Ansa. "Esperamos mais fenómenos meteorológicos extremos", advertiu.
A Eslováquia, a Hungria e a Croácia estão igualmente em alerta máximo devido ao risco de inundações, uma vez que o nível das águas dos rios está a subir.
Pelo menos 21 pessoas morreram devido a inundações na Polónia, Chéquia, Áustria e Roménia causadas pela tempestade Boris.
A ameaça de inundações na Chéquia está a diminuir gradualmente, mas algumas regiões do país continuam em risco: o número de locais inundados diminuiu de mais de 200 para cerca de 130.
O primeiro-ministro checo, Petr Fiala, revelou que 13.500 pessoas foram retiradas e mais de 600 tiveram de ser resgatadas.
Também na Polónia, a tempestade deixou um rasto de devastação. Os locais e as equipas de resposta a emergências uniram esforços para evitar que os rios transbordassem nalguns locais e foi necessário transportar água e alimentos para as pessoas que foram retiradas das zonas em risco.
A tempestade Boris também causou estragos nas localidades austríacas por onde passa o rio Danúbio: aldeias inteiras ficaram debaixo de água e foi necessário retirar os habitantes do local.
O caudal do Danúbio está a causar preocupação na Hungria, onde as autoridade temem que transborde na capital. O autarca de Budapeste já alertou que a cidade poderá enfrentar as piores inundações da última década.
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