Espanha não recua em tarifas sobre veículos elétricos chineses, afirma ministro
A Espanha nunca voltou atrás na questão da imposição de tarifas sobre os veículos elétricos chineses, disse o ministro da Economia à Euronews, apesar dos apelos de última hora do primeiro-ministro Pedro Sánchez para que o bloco reconsiderasse a sua abordagem.
Numa entrevista ao programa Europe Conversation, da Euronews, onde foram abordados vários temas, Carlos Cuerpo falou também sobre o impacto económico e político das cheias "devastadoras" em Valência e a forma como a UE deve reagir à reeleição de Donald Trump como presidente dos EUA.
"Não houve nenhuma mudança de posição"
A Espanha foi um dos 17 países da UE que se abstiveram ou votaram contra a imposição de tarifas de até 45 % sobre os produtos chineses, dado que uma possível retaliação poderia vir a afetar as lucrativas exportações de carne de porco do país. No entanto, a medida foi aprovada com o apoio da França, da Itália e dos Países Baixos.
Madrid apoiou a investigação da Comissão sobre o possível impacto das subvenções chinesas no princípio da concorrência justa, afirmou Cuerpo.
Mas, acrescentou, "é necessário explorar todas as possibilidades e vias de negociação de forma a encontrarmos soluções conjuntas".
"O pior cenário seria um cenário de "olho por olho, dente por dente", onde as medidas protecionistas se agravassem, o que nos prejudicaria a todos", disse.
"O argumento é válido, independentemente das tarifas", acrescentou Cuerpo, quando questionado sobre a promessa de Trump de impor taxas de importação de 10 % a todos os países.
"É claro que iremos colaborar com a nova administração dos EUA nesse sentido, tentar ser construtivos e aprofundar uma relação transatlântica já muito estreita", afirmou.
Clique no reprodutor acima para ver a entrevista completa, onde também são discutidas as consequências económicas e políticas das inundações devastadoras em Valência.
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