Milhares de pessoas, figuras do desporto e de Estado, muita emoção: o adeus a Pinto da Costa
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O Porto parou esta segunda-feira para se despedir de Jorge Nuno Pinto da Costa, o homem que liderou o clube mais representativo da cidade durante 42 anos e que marcou uma era no futebol nacional.
Na Igreja das Antas, onde se realizou a missa, marcaram presença os jogadores e treinadores de várias modalidades do clube, adeptos portistas conhecidos e anónimos, e até mesmo várias personalidades de Estado fizeram questão de se despedir do histórico líder dos dragões.
A figuras emblemáticas do universo azul e branco como António Oliveira, Vítor Baía, Deco, Sérgio Conceição, Pepe ou Paulo Futre, juntaram-se o primeiro-ministro Luís Montenegro, Santana Lopes, antigo chefe de governo e ex-presidente do Sporting, ou o ex-presidente da República, Ramalho Eanes, que era amigo pessoal de Pinto da Costa.
"Deixou um legado impressionante ao FC Porto, ao futebol nacional, à cidade do Porto e ao País. Um legado de ambição, de ambição inteligente, que sabe descobrir os segredos, criar oportunidades, utilizá-las com uma estratégia, com uma vontade, com um propósito e que, para isso, mobiliza todos os participantes. Nunca houve muitas pessoas com a capacidade de liderança de Pinto da Costa", afirmou Ramalho Eanes.
Após a cerimónia religiosa, celebrada pelo cardeal Américo Aguiar e por Manuel Linda, bispo do Porto, a urna, coberta por uma bandeira do FC Porto e carregada pela família, foi levada para o Estádio do Dragão, por entre aplausos, cânticos e lágrimas.
O caixão foi colocado no relvado, acompanhado dos títulos mais proeminentes conquistados por Pinto da Costa no futebol.
Depois de um minuto de silêncio, surgiram os aplausos sonoros e entoou-se, a plenos pulmões e de cachecóis esticados, o hino do FC Porto.
O corpo seguiu depois, num lento cortejo fúnebre, para o cemitério do Prado, onde foi cremado.
Pinto da Costa, o dirigente desportivo mais titulado do mundo, morreu, no último sábado, aos 87 anos, vítima de um cancro na próstata.
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