Reforços das tropas de manutenção de paz da EUFOR chegam à Bósnia perante as tensões crescentes

As forças de manutenção da paz da reserva chegaram à Bósnia na quarta-feira, perante as tensões crescentes no país, um dia depois de o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, ter reafirmado o apoio à integridade territorial e à paz no país.
Militares italianos e checos aterraram no aeroporto de Sarajevo e foram recebidos pela força da UE na Bósnia, conhecida como EUFOR. Nos próximos dias, chegarão tropas, helicópteros e material militar romenos.
Rutte tinha prometido o apoio "inabalável" da NATO à integridade territorial da Bósnia, depois de uma série de movimentações dos sérvios da Bósnia terem aumentado as tensões quase 30 anos após o fim de uma guerra sangrenta.
O presidente da Republika Srpska (RS), a entidade de maioria sérvia da Bósnia-Herzegovina, Milorad Dodik, introduziu novas leis destinadas a proibir o funcionamento das instituições de segurança e judiciais a nível estatal no território que compreende cerca de metade do território do país dos Balcãs Ocidentais.
O Ministério Público da Bósnia emitiu na quarta-feira mandados de captura para três altos funcionários sérvios da Bósnia - incluindo Dodik.
Dodik, que já afirmou anteriormente não reconhecer o gabinete do procurador estatal do país, rejeitou a validade do mandado e quaisquer tentativas de o prender, e disse que não se deslocará a Sarajevo para ser interrogado.
Os seus atos, previamente adoptados pela Assembleia Nacional da RS, surgiram em resposta ao veredito de primeira instância do Tribunal estatal da Bósnia e Herzegovina contra Dodik, emitido em 26 de fevereiro, provocando uma grave crise política no país que espera aderir à UE.
O tribunal de Sarajevo condenou o dirigente sérvio-bósnio a um ano de prisão e a seis anos de proibição de participar na vida política por ter contrariado as decisões do enviado da comunidade internacional para a paz, o diplomata alemão Christian Schmidt, o que constitui um ato criminoso. O veredito é passível de recurso.
Na Bósnia, o Alto Representante é o principal árbitro em litígios de grande importância e a figura-chave que supervisiona a aplicação do Acordo de Dayton, assinado em 1995 para pôr termo à guerra no país.
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