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Morreu o antigo ministro Miguel Macedo aos 65 anos

• Mar 13, 2025, 3:02 PM
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O antigo ministro Miguel Macedo morreu, esta quinta-feira, em Braga, aos 65 anos. O advogado e político português terá sido vítima de ataque cardíaco, avança a SIC Notícias.

Miguel Macedo foi ministro da Administração Interna no Governo de Pedro Passos Coelho entre 2011 e 2014.

Militante do PSD, foi eleito deputado à Assembleia da República nas legislaturas iniciadas em 1987, 1991, 1995, 1999, 2002, 2005 e 2009, sempre pelo círculo de Braga, de onde era natural.

Antes de ter estado à frente do Ministério da Administração Interna, passou por vários cargos governativos: foi Secretário de Estado da Juventude do primeiro governo de maioria absoluta de Aníbal Cavaco Silva, entre 1990 e 1991. Mais tarde, entre 2002 e 2005, integrou os governos de coligação PSD/CDS-PP de Durão Barroso (XV) e de Pedro Santana Lopes (XVI), como Secretário de Estado da Justiça.

Além disso, foi membro da Assembleia Municipal de Braga, entre 1989 e 1993, e vereador da Câmara Municipal do mesmo concelho, entre 1993 e 1997.

Entre abril de 2005 e outubro de 2007 ocupou o cargo de secretário-geral do PSD, na direção de Luís Marques Mendes.

Quando Pedro Passos Coelho foi eleito presidente dos sociais-democratas, em março de 2010, Miguel Macedo passou a liderar o grupo parlamentar do PSD. Nas eleições legislativas de 2011 encabeçou a lista do partido no círculo eleitoral de Braga, sendo depois nomeado ministro da Administração Interna do XIX Governo Constitucional, cargo do qual se demitiu em novembro de 2014 na sequência de uma investigação à atribuição de vistos Gold, processo do qual seria absolvido anos mais tarde.

PSD recorda "homem bom"

O PSD diz que recebeu a notícia da morte de Miguel Macedo, um "homem bom", com "profundo pesar". Numa nota divulgada no site do partido, a direção nacional do partido "manifesta as mais sentidas condolências" à família e amigos e assinala que o país e a família social-democrata "ficam mais pobres".

O ainda primeiro-ministro, Luís Montenegro, também reagiu à morte de Miguel Macedo com "grande tristeza", recordando o antigo governante como "um homem que dedicou muito da sua vida à causa pública".

"Um homem sério, um homem determinado, um amigo, um homem de pensamento, um homem de ação também, um homem que serviu o país em várias circunstâncias. Alguém a quem o povo português e o PSD muito deve", afirmou Luís Montenegro, em declarações aos jornalistas, à entrada para a reunião do Conselho de Estado. 

Foi também com "muita consternação" que o Presidente da República tomou conhecimento do "falecimento repentino" de Miguel Macedo, refere uma nota divulgada no site da Presidência.

"Com profundas raízes minhotas, Miguel Macedo revelou uma preocupação permanente com a realidade nacional e internacional e granjeou o respeito e a consideração nos mais variados setores da vida portuguesa. Quer nos momentos mais felizes de uma longa atividade, quer naqueles em que enfrentou situações adversas, sempre com resistência e afabilidade raras", lembra Marcelo Rebelo de Sousa.

No X, o também ainda ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, diz estar "devastado" pela morte do antigo ministro. Na publicação escreve que conviveu "muito" com o colega de Governo e parlamento, que considera "competente, íntegro e leal". "Sofreu as agruras de injusta acusação, quebrando uma carreira irrepreensível. Todas as palavras são vãs", acrescenta.

Também no X, o antigo presidente social-democrata Rui Rio lembra Miguel Macedo como "um homem íntegro e um bom amigo".

"Faltam-me as palavras para exprimir o meu profundo desgosto pelo falecimento do Miguel Macedo", partilhou o ex-autarca do Porto.

O social-democrata Luís Marques Mendes também recorda, numa declaração à Renascença, uma pessoa "extraordinária" e "bem formada" e diz estar em "choque completo" com a notícia. O antigo líder do PSD e candidato às Presidenciais do próximo ano diz que Macedo não era apenas um colega, era também um dos seus melhores amigos há décadas.

O presidente da Câmara de Lisboa, o social-democrata Carlos Moedas, também manifestou "sentidas condolências" à família de Miguel Macedo.

"Parte um homem bom, que dedicou toda a sua vida a servir Portugal. Estivemos juntos no XIX Governo, quando o país mais precisou. Nessas funções pude testemunhar o governante competente, o cidadão íntegro e o amigo sempre disponível. Portugal perde hoje um dos seus melhores", lamenta.

Em comunicado, o Ministério da Administração Interna também lamenta a morte de Miguel Macedo e recorda a "figura que marcou de forma incontornável a vida política nacional". Na nota de pesar, a ministra Margarida Blasco e os secretários de Estado assinalam a dedicação do ex-ministro "ao serviço público com inteligência, determinação e um inegável sentido de responsabilidade".

"Como deputado, governante e, em especial, como ministro da Administração Interna, cargo que desempenhou entre 2011 e 2014, deixou uma marca indelével no funcionamento das instituições e na defesa do interesse público. A sua partida representa uma perda irreparável para Portugal", assinala ainda o Ministério.

Durante esta tarde, na Assembleia da República, deputados de todas as bancadas expressaram condolências à família e amigos do antigo ministro, recordando a dedicação de Miguel Macedo à causa pública.


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