Tempestade Martinho atinge Portugal e faz estragos, principalmente na Grande Lisboa

A tempestade Martinho atingiu Portugal em força nos dias de quarta e quinta-feira, com especial incidência na noite entre os dois dias, com fortes chuvas e rajadas de vento a causarem estragos por todo o país, sobretudo com a queda de árvores e postes.
Das 00:00 de quarta-feira às 18h00 desta quinta-feira, a Proteção Civil registou 8.241 ocorrências, mais de metade na Área Metropolitana de Lisboa, com 5.051 situações reportadas. Esta foi a zona mais afetada, onde se registaram pelo menos seis feridos, todos sem gravidade, de acordo com um balanço provisório feito pelo presidente da câmara da capital, Carlos Moedas.
Em Odivelas, o vento forte destruiu parte da cobertura de um pavilhão da Escola Básica Bernardim Ribeiro. Cerca de 200 alunos ficaram sem aulas, com a escola a ser encerrada, sem previsão ainda de abertura.
22 estradas na zona de Lisboa tiveram de ser cortadas e a circulação dos comboios na ponte 25 de Abril esteve interrompida, entre as estações de Coina e Roma-Areeiro, tendo sido retomada às 7:25 da manhã. Os comboios da linha de Cascais continuam sem circular. As linhas do Douro e do Vouga estiveram igualmente interrompidas e já voltaram a funcionar. Cerca de 20 barras marítimas foram fechadas à navegação.
Na Lourinhã, 13 pessoas tiveram de ser realojadas, devido à queda de um telhado - um cenário que se repetiu em vários pontos de Portugal, com o vento a deitar abaixo estruturas, como parte do telhado do estádio do Rio Ave, em Vila do Conde. Cerca de 50 mil pessoas ficaram sem eletricidade nos distritos de Leiria, Coimbra e Vila Real, devido aos efeitos do mau tempo.
No distrito de Coimbra, no concelho de Oliveira do Hospital, a estrutura da bancada do estádio de futebol do Nogueira do Cravo, ruiu parcialmente.
No aeródromo de Cascais, várias avionetas ficaram viradas ao contrário devido aos ventos fortes.
A situação está a afetar não só Portugal Continental como também o arquipélago da Madeira, onde a queda de galhos de uma árvore feriu dois turistas estrangeiros no Funchal. Desde a noite passada, foram registados dezenas de incidentes na Madeira.
O mau tempo deve prolongar-se até sábado, com a chuva e o vento forte a manterem-se, embora com menos intensidade, tal como a agitação marítima, com risco de inundações. Os fenómenos de vento extremo podem acontecer no litoral e nas zonas centro e sul de Portugal Continental.
A Proteção Civil pede cuidado e cautela à população durante os próximos dias.
A ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, louvou o trabalho feito pela Proteção Civil, PSP, GNR, bombeiros e autarquias e pediu aos portugueses que "cumpram escrupulosamente as indicações da Proteção Civil". Segundo a ministra, 13 mil pessoas foram mobilizadas para o terreno em todo o país.
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