JD Vance em Roma para encontros no Vaticano depois de críticas do Papa

JD Vance chegou a Roma para reuniões no Vaticano e com a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, após a visita de Meloni à Casa Branca no dia anterior.
O vice-presidente norte-americano reuniu-se com a primeira-ministra Giorgia Meloni e a Casa Branca sugeriu que uma cimeira mais ampla entre os EUA e a Europa estava a ser considerada.
“Há muito que não nos víamos”, disse Meloni a Vance, em tom de brincadeira, quando este entrou no pátio do Palácio Chigi, o gabinete do primeiro-ministro.
De recordar que os dois encontraram-se na Sala Oval, onde o presidente dos EUA, Donald Trump, elogiou a líder italiana pela sua repressão da migração, mas não cedeu nos planos tarifários que aumentaram a tensão com a União Europeia e alimentaram os receios de recessão.
Na sexta-feira, a Casa Branca e o gabinete de Meloni emitiram uma declaração conjunta que dizia que Trump visitaria a Itália “num futuro muito próximo”.
“Está também a ser considerada a possibilidade de realizar, nessa ocasião, uma reunião entre os Estados Unidos e a Europa”, refere o comunicado.
Meloni, que se posicionou como uma ponte entre a administração Trump e a Europa, disse esperar que o segundo dia de conversações com Vance sirva para fortalecer uma amizade de longa data.
“Acreditamos que Itália pode ser um parceiro extremamente importante na Europa e no Mediterrâneo para os Estados Unidos da América”, afirmou. “Existe uma relação privilegiada entre nós, da qual me orgulho muito.”
Além do encontro com a primeira-ministra, JD Vance Tem previsto um encontro com o secretário de Estado do Vaticano, o cardeal Pietro Parolin, segundo a Casa Branca.
Não foi anunciado qualquer encontro com o Papa Francisco.
O pontífice de 88 anos reduziu drasticamente a sua agenda de trabalho enquanto recupera de um caso quase fatal de pneumonia bilateral.
Francisco e Vance, um católico convertido, discutiram sobre migração e os planos da administração Trump de deportar migrantes em massa.
Poucos dias antes de ser hospitalizado, Francisco criticou os planos de deportação da administração Trump, alertando para o facto de estes privarem os migrantes da sua dignidade.
Numa carta dirigida aos bispos dos EUA, Francisco também terá respondido diretamente a Vance por ter afirmado que a doutrina católica justificava tais políticas.
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