Há 17 famílias interessadas por cada casa que chega ao mercado de arrendamento em Portugal

As rendas das casas continuam a aumentar em Portugal, embora a menor ritmo, segundo a plataforma Idealista. No segundo trimestre de 2025, registou-se um aumento de 3,5% no custo mediano das rendas.
No mesmo período, cada casa para arrendar tinha, em média, 17 pessoas interessadas antes de sair do mercado, de acordo com a mesma fonte. Isto significa que havia menos 45% de pessoas interessadas face ao mesmo período do ano passado, quando a média era de 32. Esta descida pode resultar da maior dispersão pela oferta de casas no mercado de arrendamento.
“Apesar de uma ligeira diminuição no número de contactos desde o início do ano, a procura por anúncios de arrendamento continua elevada. Esse abrandamento não reflete, necessariamente, uma quebra no interesse das famílias, mas sim um acréscimo na disponibilidade de imóveis para arrendar”, referiu Ruben Marques, porta-voz do idealista, citado pela plataforma que opera no mercado imobiliário, acrescentando que as rendas das casas permanecem elevadas e "inacessíveis para grande parte da população portuguesa”.
Portalegre foi a cidade portuguesa com maior procura por casas para arrendar no segundo trimestre de 2025, com cada anúncio a receber, em média, 53 contactos. Seguem-se Faro (33), Évora (32), Ponta Delgada (30), Santarém, Leiria e Setúbal (27 cada), Funchal e Guarda (25), Castelo Branco (24), Vila Real (21), Beja e Bragança (20).
As cidades com menos procura foram Viseu (18), Aveiro (15), Braga (14), Lisboa (14) e Viana do Castelo (13), apesar do Porto (8) e Coimbra (7) se destacarem. A menor procura por estas cidades pode resultar de uma maior oferta de casas disponíveis nestes mercados.
Face ao mesmo período do ano passado, verificou-se essencialmente uma quebra da procura nas cidades de Coimbra (-73%), Porto (-62%), Viseu (-56%), Bragança (-51%) e Lisboa (-49%). Já Guarda destaca-se das restantes cidades por ter tido um aumento de 40% de pessoas interessadas por anúncio de arrendamento. Para além desta, só o Funchal (7%) registou um aumento da procura no mesmo período, embora inferior.
Preço das casas continua a ser mais elevado em Lisboa
Na capital lisboeta, os preços das casas para arrendar e comprar continuam a ser os mais elevados, em comparação com outras cidades do país. Em média, as casas em Lisboa custam 650.000 euros, indicam dados de maio de 2025, citados pela SIC Notícias.
Já no Norte do país destaca-se o Porto com a cidade onde os preços das casas são mais elevados, custando em média, 395.000 mil euros. Logo a seguir vêm os distritos de Braga e Aveiro, que atingem os 340.000 euros, e Viana do Castelo, onde as casas custam, em média 287.000 euros, revela a mesma fonte.
Nas grandes cidades é notável uma procura elevada por quartos, dados os preços das casas para arredar e comprar, em particular por estudantes universitários. Mas também o preço do alojamento no setor privado tem vindo a aumentar, nos últimos anos, o que dificulta o acesso ao ensino superior. De acordo com o último relatório do Alojamento Estudantil publicado no início de julho, citado pelo Público, o preço médio por quarto no país é de 415 euros.
Entre as principais cidades universitárias, a capital, Lisboa, é a que apresenta rendas de quartos mais elevadas, no setor privado, com um preço médio de 500 euros. No distrito de Lisboa, as rendas podem mesmo chegar aos 714 euros. Segue-se o Porto com um preço médio de 400 euros, Braga com 323 euros e só depois Coimbra, onde os quartos para estudantes custam em média 280 euros.
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