UE assina empréstimo de 500 milhões de euros para salvaguardar a segurança energética da Ucrânia antes do inverno

A Comissão Europeia assinou um acordo de garantia com o Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento (BERD), no valor de 500 milhões de euros, destinado ao setor energético da Ucrânia.

Este empréstimo, financiado no âmbito do Quadro de Investimento da UE para a Ucrânia, permitirá à empresa pública ucraniana Naftogaz financiar a compra de gás de emergência.

O objetivo do acordo é restabelecer as fontes de energia antes dos meses de outono e inverno. A Rússia intensificou recentemente os ataques às infraestruturas energéticas, fazendo com que as reservas de armazenamento descessem para o nível mais baixo dos últimos dez anos, segundo os órgãos de comunicação social locais.

"Estes ataques às infraestruturas civis, que se intensificaram no primeiro semestre de 2025, resultaram em perdas de produção significativas e numa situação de tensão nas reservas do país antes dos próximos invernos", escreveu a Comissão Europeia numa declaração na quarta-feira.

A empresa de energia confirmou que se abastecerá de gás natural de forma competitiva junto de mais de 30 fornecedores pré-qualificados e que os seus contratos respeitarão as normas europeias.

"Este é um sinal claro de que os nossos parceiros compreendem a dimensão da ameaça que a Rússia representa. A segurança energética hoje e a independência energética no futuro são as nossas prioridades estratégicas", declarou Sergii Koretskyi, diretor executivo da Naftogaz.

A primeira-ministra ucraniana, Yulia Svyrydenko, considerou o acordo "um recorde para a Ucrânia" numa mensagem publicada no Telegram, acrescentando que se trata do maior projeto do BERD no país.

"Pela primeira vez, um empréstimo deste tipo é concedido sob a garantia da UE, sem a garantia do Estado ucraniano", afirmou Svyrydenko.

"Isto permitirá à Ucrânia preparar-se melhor para a estação de aquecimento e fornecer calor e luz aos lares ucranianos, mesmo nos dias mais difíceis do inverno", acrescentou.