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A razão pela qual temos menos fome no verão

• Aug 17, 2025, 12:49 AM
5 min de lecture
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Com a chegada dos meses de verão, os nossos hábitos alimentares alteram-se consideravelmente. As refeições pesadas e os guisados quentes do inverno dão lugar a cremes leves e saladas refrescantes.

Este fenómeno não é casual: o organismo adapta as suas necessidades nutricionais e metabólicas às condições ambientais, privilegiando a frescura e a hidratação em detrimento de uma ingestão calórica abundante.

Durante o verão, o nosso organismo sofre uma série de adaptações metabólicas que explicam a redução natural do apetite. O hipotálamo funciona como um termóstato e mantém o equilíbrio entre a produção e a perda de calor, ajustando as necessidades energéticas em função da temperatura ambiente.

Em condições de calor, o corpo necessita de muito menos energia para manter uma temperatura corporal óptima. Enquanto no inverno o corpo aumenta o gasto de energia para gerar calor interno e manter a temperatura, no verão este processo é invertido. A termogénese diminui naturalmente, reduzindo assim as necessidades calóricas e, consequentemente, a sensação de fome.

As temperaturas elevadas provocam também uma vasodilatação, que pode levar a uma sensação de cansaço ou de peso. O calor, a falta de descanso devido a temperaturas elevadas e as mudanças de rotina aumentam o cortisol - a hormona do stress - que altera os padrões de fome e faz com que o corpo dê prioridade à hidratação em detrimento da digestão.

Esta resposta fisiológica explica o facto de as refeições pesadas, ricas em gordura e proteínas serem menos saborosas durante os meses quentes, uma vez que exigem um maior esforço digestivo e aumentam a sensação térmica do corpo.

O papel da luz solar na regulação do apetite

O aumento das horas de luz solar durante o verão desencadeia alterações hormonais significativas que influenciam diretamente o nosso apetite. A luz solar tem um impacto direto no peso corporal ao afetar o metabolismo e a queima de calorias, principalmente através da regulação de neurotransmissores como a serotonina e a melatonina.

A luz solar afecta a serotonina e o humor, e não é por acaso que a serotonina é uma das chamadas moléculas da felicidade. Durante o verão, a maior exposição solar aumenta naturalmente os níveis de serotonina, um neurotransmissor que não só melhora o humor, como também actua como um supressor natural do apetite. Este aumento da serotonina faz-nos sentir mais satisfeitos e reduz a necessidade de comer em excesso, o que explica o facto de preferirmos alimentos leves e frescos durante esta época do ano.

Além disso, o facto de haver mais luz do dia no verão afecta a produção de melatonina, uma hormona cujas funções incluem a regulação dos ritmos circadianos do corpo. Esta alteração dos ritmos biológicos contribui também para a alteração dos padrões alimentares habituais.

Adaptação alimentar: a hidratação como prioridade

  • O verão transforma as nossas preferências alimentares em escolhas que favorecem a hidratação e facilitam a termorregulação. Durante este período, o corpo exige menos alimentos e mais líquidos, o que resulta numa diminuição do apetite por alimentos sólidos e numa maior preferência por alimentos ricos em água.

Os alimentos ideais para o verão incluem frutas como a melancia (mais de 90% de água), o melão e o ananás, que fornecem hidratação, vitaminas e fibras sem sobrecarregar o sistema digestivo.

Os legumes como o pepino, o tomate e a alface oferecem frescura, nutrientes essenciais e contribuem significativamente para a manutenção dos níveis de hidratação do organismo. O gaspacho, por exemplo, combina vários vegetais ricos em água e electrólitos, o que o torna uma opção perfeita para repor fluidos e nutrientes de uma forma leve.

Esta adaptação alimentar não é apenas uma questão de preferência pessoal, mas uma resposta evolutiva inteligente do organismo. Ao reduzir o apetite por refeições pesadas e aumentar o desejo por alimentos hidratantes, o corpo optimiza o seu funcionamento durante os meses mais quentes, mantendo um equilíbrio térmico adequado e assegurando a nutrição necessária.

Assim, a incorporação de alimentos ricos em água durante o verão não só satisfaz as exigências fisiológicas sazonais, como também promove uma digestão mais leve e um melhor equilíbrio geral do organismo.


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