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Cidadã chinesa condenada no Reino Unido por fraude de seis mil milhões de euros em Bitcoin

• Sep 30, 2025, 10:52 AM
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Uma mulher chinesa foi condenada no Reino Unido por ter desempenhado um papel de liderança numa fraude relacionada com Bitcoin, após o que se acredita ser a maior apreensão de criptomoedas do mundo, no valor de mais de 5,5 mil milhões de libras (6,3 mil milhões de euros).

Zhimin Qian, também conhecida como Yadi Zhang, declarou-se culpada na segunda-feira no Tribunal da Coroa de Southwark, em Londres, pela aquisição e posse ilegal de criptomoedas.

A confissão de culpa seguiu-se a uma investigação de sete anos sobre lavagem de dinheiro à escala global, informou a Polícia Metropolitana.

A mulher de 47 anos orquestrou uma fraude em larga escala na China entre 2014 e 2017, defraudando mais de 128.000 vítimas e armazenando os fundos roubados em ativos de Bitcoin, segundo a polícia.

Fugiu depois da China, recorrendo a documentos falsos, e entrou no Reino Unido, onde tentou branquear os lucros ilegais através da aquisição de propriedades no final de 2018, indicaram as autoridades.

A Polícia Metropolitana afirmou ter apreendido um total de 61.000 Bitcoins a Qian.

"Este é um dos maiores casos de lavagem de dinheiro na história do Reino Unido e está entre os casos de criptomoeda de maior valor a nível global", referiu Will Lyne, chefe da divisão económica e de cibercrime da Polícia Metropolitana.

Outra cidadã chinesa, Jian Wen, de 43 anos, foi condenada no ano passado pelo papel que teve na fraude relacionada com Bitcoin. Wen foi sentenciada a seis anos e oito meses de prisão.

Qian será condenada numa data posterior.

"A Bitcoin e outras criptomoedas estão a ser cada vez mais usadas por criminosos organizados para encobrir e transferir ativos, para que os responsáveis pelas fraudes possam desfrutar dos benefícios das suas condutas criminosas", destacou Robin Weyell, procuradora-chefe adjunta do Ministério Público da Coroa.

"O Ministério Público da Coroa trabalhará agora para garantir, através da apreensão criminal e de processos civis, que os ativos criminosos permaneçam fora do alcance dos responsáveis pelas fraudes", acrescentou.