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Casos de sarampo na Europa e Ásia Central atingem o nível mais elevado em mais de 25 anos

• Mar 14, 2025, 2:38 PM
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Em 2024, a Europa registou o maior número de casos de sarampo em mais de 25 anos, com mais de 120.000 casos notificados.

Este número foi o dobro do número de casos registados em 2023, de acordo com um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da UNICEF.

Os casos de sarampo na região europeia, que inclui partes da Ásia Central, têm estado "geralmente em declínio" desde um pico em 1997 com 216.000 casos, disseram a OMS e a UNICEF. Em 2016, registou-se o número mais baixo, com 4.440 casos.

A UNICEF diz que cerca de 40% das infeções por sarampo na Europa e na Ásia Central ocorreram em crianças com menos de cinco anos e que mais de metade das pessoas doentes com sarampo tiveram de ser hospitalizadas.

O sarampo é uma das doenças mais infeciosas do mundo e é transmitido por um vírus transportado pelo ar.

Estima-se que duas doses da vacina contra o sarampo são eficazes em 97% na prevenção da doença, que normalmente infeta o sistema respiratório e causa sintomas como febre, tosse, corrimento nasal e erupção cutânea.

Em casos graves, o sarampo pode causar pneumonia, encefalite, desidratação e cegueira.

"O sarampo está de volta e é uma chamada de atenção", afirmou Hans Kluge, diretor da OMS para a Europa, num comunicado. "Sem taxas de vacinação elevadas, não há segurança sanitária", acrescentou.

A Roménia foi o país com mais infeções de sarampo, com mais de 30.000 casos, seguida do Cazaquistão, que registou 28.147 pessoas com a doença.

A OMS e a UNICEF observaram também que tanto na Bósnia e Herzegovina como no Montenegro menos de 70% e 50% das crianças, respetivamente, foram vacinadas contra o sarampo nos últimos cinco anos.

Importância dos níveis elevados de vacinação

Os cientistas estimam que mais de 95% da população precisa de ser vacinada para evitar surtos.

"O sarampo pode ser totalmente evitável através da vacinação. Duas doses das vacinas contra o sarampo previnem a infeção, a doença e, consequentemente, a transmissão", afirmou Michael Head, investigador sénior em saúde global na Universidade de Southampton, no Reino Unido.

"Com uma elevada taxa de adesão global, o mundo poderia erradicar esta doença. No entanto, o sarampo é incrivelmente infecioso, mais do que, por exemplo, as variantes da covid-19. Mesmo com uma ligeira diminuição da utilização da vacina, os surtos são inevitáveis", acrescentou num comunicado.

Após uma queda na cobertura da vacinação durante a pandemia de coronavírus, os casos de sarampo aumentaram em 2023 e 2024, com as taxas de vacinação em vários países ainda inferiores ao que eram antes da covid-19.