O impacto da pandemia na digitalização da saúde
Uma empresa americana da área da saúde apercebeu-se da pandemia de coronavírus dezoito dias antes das autoridades, devido aos seus mais de dois milhões de termómetros ligados à internet.
"Partimos das nossas previsões e comparámos esses valores com os da situação em tempo real. Se os valores estiverem acima dos limites de confiança estatística, trata-se de um surto invulgar. E nós descobrimos surtos invulgares em todo o país", explicou à euronews Inder Singh, responsável da empresa norte-americana Kinsa Health.
A telemedicina e a pandemia
Segundo o médico ‘futurista’ Bertalan Meskó, houve uma aceleração do processo de digitalização da saúde, devido à pandemia.
“A telemedicina já era uma grande tendência antes da pandemia, mas o impacto da Covid 19 na adoção de tecnologias digitais na área da saúde está a criar uma nova norma", disse Bertalan Meskó, diretor do Instituto Futurista Médico.
Especialistas em estilo de vida e saúde
O uso de plataformas digitais online para as consultas médicas tornou-se mais frequente desde a pandemia. Outro aspeto da 'nova norma' é tornar as pessoas mais pró-ativas em relação à própria saúde. Um exemplo: um relógio inteligente pode medir o pulso, fazer um eletrocardiograma e até medir o nível de oxigénio no sangue.
"Temos de nos tornar especialistas no nosso próprio estilo de vida, na gestão da saúde e das doenças. Não se trata de fazer um auto-diagnóstico mas de partilhar os dados com um médico. Deste modo, as pessoas, em conjunto com a equipa médica podem tomar as melhores decisões médicas para os seus problemas médicos", acrescentou o especialista.