Próximo julgamento de Harvey Weinstein pode acontecer no outono

O antigo magnata do cinema Harvey Weinstein enfrenta a sentença e um possível novo julgamento no seu caso de crimes sexuais em Nova Iorque.

O juiz de Manhattan, Curtis Farber, disse que poderia condenar Weinstein a 30 de setembro, mas apenas se não houver um novo julgamento sobre uma acusação de violação sobre a qual o último júri não conseguiu decidir.

Se houver um novo julgamento, o juiz quer que este tenha lugar no outono.

Weinstein, de 73 anos, foi condenado em junho por ter forçado a prática de sexo oral a Miriam Haley, assistente de produção televisiva e cinematográfica, em 2006. A acusação implica uma pena que pode ir até 25 anos de prisão.

Na mesma altura, o mesmo júri absolveu-o de ter forçado sexo oral à modelo Kaja Sokola, mas não conseguiu decidir sobre a acusação de ter violado a cabeleireira e atriz Jessica Mann em 2013.

Os procuradores de Manhattan reiteraram na quarta-feira que eles e Mann estão prontos para outro julgamento sobre a acusação de violação. Neste caso, qualquer condenação é punível com até quatro anos de prisão.

Os procuradores pediram uma data para o julgamento em janeiro, mas Farber propôs o outono.

"O caso precisa de ser julgado este ano", disse Farber.

O advogado de Weinstein, Arthur Aidala, concordou, instando o juiz a marcar a data o mais cedo possível.

Se um julgamento no outono acontecer, provavelmente colocará o caso #MeToo de alto perfil de Weinstein de volta ao tribunal, já que o promotor distrital de Manhattan, Alvin Bragg, está na fase final de sua candidatura à reeleição.

Bragg, um democrata em primeiro mandato que fez do julgamento de casos de crimes sexuais uma prioridade, expressou satisfação com a condenação de Weinstein por uma acusação de ato sexual criminoso relacionado com Haley. Bragg disse que Mann merece um veredito sobre a sua parte do caso.

"Este trabalho, antes de mais, é sobre os sobreviventes, e é por isso que estamos preparados para avançar", disse Bragg em junho.

Weinstein também foi condenado por crimes sexuais na Califórnia, tendo este recorrido do veredito, continuando a negar todas as alegações contra ele.