Valsa inédita de Chopin decoberta no cofre da biblioteca de Nova Iorque
O curador Robinson McClellan estava a procurar uma coleção de recordações culturais no cofre da Biblioteca e Museu Morgan, em Manhattan, quando descobriu um pequeno manuscrito com marcas. No canto superior direito, estava um nome familiar escrito à mão: Chopin.
"Pensei: 'O que é que se passa aqui? O que é que isto pode ser? Não reconheci a música", disse McClellan ao New York Times.
Pediu ajuda a Jeffrey Kallberg, um musicólogo da Universidade da Pensilvânia, para confirmar as origens do manuscrito.
"Fiquei muito surpreendido", disse Kallberg ao jornal. "Sabia que nunca tinha visto isto antes".
Após uma investigação aprofundada sobre o papel, a tinta, a caligrafia e o estilo musical - a caligrafia e os rabiscos no manuscrito foram considerados típicos de Chopin, por exemplo - o Museu Morgan confirmou que se trata de uma valsa desconhecida do famoso compositor polaco.
"Temos total confiança na nossa conclusão", disse McClellan sobre a descoberta histórica, a primeira deste tipo em mais de cinquenta anos, embora as notícias de obras-primas recém-descobertas sejam frequentemente recebidas com ceticismo no mundo da música clássica.
O manuscrito raro está datado entre 1830 e 1835, altura em que Chopin tinha 20 e poucos anos.
O pianista Lang Lang, que gravou recentemente a valsa para o New York Times no Steinway Hall, em Manhattan, descreveu a obra como "autêntico Chopin", referindo que a abertura chocante evoca os invernos rigorosos do interior da Polónia.
"Esta não é a música mais complexa de Chopin", disse ao jornal, "mas incorpora um dos seus estilos mais autênticos que se pode imaginar".
Chopin morreu aos 39 anos em França, em 1849.
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