Morreu Helga de Alvear, uma das principais galeristas da arte contemporânea espanhola
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Depois de uma vida dedicada ao colecionismo e à criação de espaços públicos para a arte contemporânea na Península Ibérica, o mundo da arte lamenta a perda da galerista Helga de Alvear (1936), que morreu aos 88 anos.
Nascida na região alemã da Renânia-Palatinado, viajou pela primeira vez para Espanha aos 21 anos, com vista a aprender a língua e completar os estudos de Cultura Hispânica na Universidade Complutense de Madrid. Foi aí que conheceu o arquiteto Jaime de Alvear, com quem casou em 1959 e teve três filhas.
A origem da sua coleção remonta a 1967, quando de Alvear se interessa pelo panorama artístico espanhol e entra em contacto com os artistas do grupo El Paso, entre os quais Rafael Canogar, o último sobrevivente do movimento.
Em janeiro de 1980, começa a trabalhar na galeria Juana Mordó, onde aprende diferentes ofícios relacionados com o mundo da arte, desde a gestão de coleções até ao conhecimento do mundo da arte internacional, através de feiras como a Art Basel, a Fiac de Paris e a Feira de Colónia. Em 1982, Helga de Alvear fez parte do grupo de galeristas que decidem criar a Feira de Arte Contemporânea de Madrid (ARCO).
Em 1995, abre uma nova galeria em nome próprio num espaço de mais de 900 metros quadrados junto ao Museu Reina Sofía. Neste novo projeto, aposta na arte contemporânea internacional, com um interesse especial pela fotografia, o vídeo e as instalações, quase desconhecidos em Espanha.
Esta paixão levou-a a criar uma instituição sem fins lucrativos e um espaço de exposições dedicado ao século XXI, localizado em Cáceres. Em 2006, foi criada a Fundação Helga de Alvear, em 2010 inaugurado o Centro de Artes Visuais e, no ano seguinte, o Museu Helga de Alvear.
A vida e a carreira profissional de Helga de Alvear foram reconhecidas com a Medalha da Extremadura em 2007, a Medalha de Ouro de Mérito em Belas Artes em 2008, a Cruz da Ordem de Mérito Civil da República Federal da Alemanha (2004), a Medalha Internacional das Artes de Madrid em 2020 e a Medalha de Mérito Cultural da República Portuguesa (2024), entre outros prémios.
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