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França e Paris ficam de fora do ranking dos destinos preferidos dos viajantes

• Jul 22, 2025, 4:31 PM
6 min de lecture
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Florença foi nomeada a melhor cidade da Europa nos World's Best Awards 2025 da Travel + Leisure, um inquérito votado pelos leitores que destaca os destinos preferidos dos viajantes em todo o mundo.

A capital da Toscana ficou em 11º lugar na classificação geral, sendo a cidade europeia mais bem classificada na lista deste ano. O primeiro lugar a nível mundial coube a San Miguel de Allende, no México, seguida de Oaxaca e Tóquio.

Embora o top 10 global fosse dominado por cidades da América Latina e da Ásia, várias cidades europeias completaram a lista, todas elas preferidas pelos leitores que procuram cultura, gastronomia e encanto histórico.

Itália destaca-se com três cidades na lista

As classificações baseiam-se em cerca de 180 000 respostas de leitores. As cidades foram classificadas em seis categorias: atrações turísticas e monumentos, cultura, comida, simpatia, compras e preços.

Itália foi o único país europeu com três cidades no top 25: Florença (11), Roma (18) e Siena (23). Todas mereceram elogios pela sua beleza intemporal, pela comida e pela cultura, desde as catedrais centenárias e trattorias a ruas cheias de vida local.

Os resultados estão de acordo com os dados do turismo: Itália foi o quarto país mais visitado do mundo em 2024, atraindo mais de 71 milhões de visitantes estrangeiros.

Florença continua a encantar os viajantes com a sua escala íntima, arte de renome mundial e praças iluminadas pelo sol. Dos Botticellis da Galeria Uffizi à cúpula de terracota da Catedral de Florença, a capital toscana oferece um banquete de obras-primas a uma curta distância. Os seus restaurantes rústicos - muitos deles geridos por famílias há gerações - contribuem para a atmosfera intemporal.

Roma, por sua vez, oferece algo que poucas cidades conseguem igualar: camadas de história viva. A mistura de ruínas antigas e de espontaneidade ao nível das ruas da Cidade Eterna mereceu notas altas dos leitores. Este ano, o Jubileu, uma ocasião que reúne católicos de todo o mundo de 25 em 25 anos, também se realiza na sequência da morte do Papa Francisco em abril.

E depois há a bem preservada cidade toscana de Siena. Património Mundial da UNESCO desde 1995, a cidade do século XII ergue-se sobre colinas ondulantes, com os seus edifícios medievais de tijolo e as suas torres góticas. Os seus restaurantes animados e a famosa Piazza del Campo, onde a corrida de cavalos Palio acontece duas vezes por verão, marcam o ritmo de uma cidade que parece um convite à era passada.

Espanha e Turquia também se destacam

Espanha viu duas das suas cidades andaluzas ficarem logo atrás de Florença: Sevilha, em 12º lugar, e Granada, em 13º. Ambas foram reconhecidas pelo seu património histórico e pela atmosfera das suas cidades antigas. Istambul, que faz a ponte entre a Europa e a Ásia, ficou em 14º lugar.

Sevilha é o local encanto do sul de Espanha, com o flamenco a ecoar pelas sinuosas ruas calcetadas, uma vida noturna vibrante e grandes locais históricos.

Granada, situada no sopé das montanhas da Serra Nevada, dá uma imagem mais calma, mas não menos mágica. A Alhambra - a fortaleza no topo da colina, repleta de fontes, jardins e intrincada arquitetura islâmica - continua a ser um dos locais mais inspiradores da Europa. Mas a atração da cidade reside também nas suas ruelas estreitas e nos bares de tapas com gerações de anos.

Entretanto, a comida saborosa de Istambul, a sua incrível história e a sua localização no ponto de encontro de dois continentes fazem dela uma das cidades mais excitantes do mundo.

França fica de fora

Há um país que não aparece na lista. Apesar de ser o país mais visitado do mundo - atraindo mais de 100 milhões de turistas anualmente - França não teve uma única cidade no top 25 deste ano.

Embora França continue a ser popular, a ausência no ranking pode refletir a mudança de preferências entre os leitores da revista, predominantemente os norte-americanos.

As cidades mais pequenas e com menos movimento parecem ter ganho terreno em relação a destinos maiores, como Paris. O último destino europeu a fazer o corte - o Porto, em Portugal, na 24ª posição - reflete também esta mudança, mesmo que a sua indústria turística esteja a começar a crescer.

A conclusão pode ser que, numa era pós-pandémica caraterizada pelo valor, autenticidade e facilidade, nem mesmo os eternos favoritos das viagens têm um lugar garantido no topo.