Roma pode começar a cobrar aos turistas pelo acesso à Fonte de Trevi
A capital de Itália, Roma, um dos sítios mais visitados a nível mundial, poderá introduzir em breve um sistema de bilhetes para visitar a Fonte de Trevi.
A Câmara Municipal de Roma esclareceu que o objetivo desta taxa não é recolher dinheiro, mas sim disciplinar os turistas e controlar as multidões. Assim, este seria um “sistema de reserva de bilhetes” gratuito para os locais e com um custo simbólico de um euro para os turistas.
“Pessoalmente, sou a favor da avaliação de uma nova forma de acesso, limitada e cronometrada, à Fonte de Trevi”, disse Alessandro Onorato, conselheiro para o turismo do município de Roma, citado pelo Corriere della Sera.
Desta forma, seria possível controlar a quantidade de moedas que são atiradas para a água da fonte e impedir, por exemplo, os visitantes de “comerem gelado ou pizza num monumento que merece o devido respeito”, afirmou Onorato.
A possibilidade desta taxa ser implementada despertou uma reação contraditória entre os turistas, que defendem que a taxa “não faz sentido”, e os locais.
“Se vão pôr um preço nisto, acho que não vale a pena [visitar]. É bonito assim. Estas pessoas vêm de várias partes do mundo [para ver a fonte] e vão pôr um preço nisto? Não acho que seja uma boa ideia”, contestou a turista espanhola Sam Muñoz.
Também o turista do Canadá Silvio Luciani disse que a Fonte de Trevi deveria ser para todos, até “as pessoas que não têm dinheiro não deveriam ter de pagar”.
Já Daniela, uma farmacêutica italiana que trabalha junto à Fonte de Trevi, afirmou que este é um “património histórico que tem de ser preservado” e que, por isso, a taxa faz todo o sentido.
Fonte de Trevi é uma das principais atrações italianas
A Fonte de Trevi, obra do arquiteto Nicola Salvi, é uma das atrações mais visitadas em Itália. Isto significa que, muitas vezes, é preciso atravessar multidões ou ficar nos degraus da vizinha Igreja dos Santos Vicente e Anastácio para a admirar.
Roma tem uma média de 35 milhões de visitantes por ano e o número deverá aumentar em 2025 com o Jubileu, que atrairá mais milhões de pessoas entre o Vaticano e a cidade ao longo do ano.