...

Logo Pasino du Havre - Casino-Hôtel - Spa
in partnership with
Logo Nextory

Reações europeias e mundiais aos ataques israelitas que mataram o chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah

• Sep 29, 2024, 10:04 AM
10 min de lecture
1

O Hezbollah confirmou no sábado que o seu líder e um dos seus fundadores, Hassan Nasrallah, foi morto num ataque aéreo israelita em Beirute no dia anterior.

Nasrallah, que liderou o Hezbollah durante mais de três décadas, é de longe o alvo mais poderoso a ser morto por Israel em semanas de intensificação dos combates com o Hezbollah.

As forças armadas israelitas afirmaram ter efetuado um ataque aéreo de precisão na sexta-feira, enquanto os dirigentes do Hezbollah se encontravam reunidos no seu quartel-general em Dahiyeh, a sul de Beirute.

O Ministério da Saúde libanês afirmou que seis pessoas morreram e 91 ficaram feridas nos ataques, que arrasaram seis edifícios de apartamentos.

Um homem verifica um edifício danificado no local de um ataque aéreo israelita a sudeste de Beirute, 28 de setembro de 2024
Um homem verifica um edifício danificado no local de um ataque aéreo israelita a sudeste de Beirute, 28 de setembro de 2024 Hussein Malla/Copyright 2024 The AP. All rights reserved

Alemanha

A ministra dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Annalena Baerbock, considerou a situação no Líbano extremamente perigosa e afirmou que a região do Médio Oriente em geral corre o risco de cair numa "espiral absoluta de violência".

"A situação representa uma séria ameaça à estabilidade na região e à estabilidade do Líbano, o que nunca serve a segurança e os interesses de Israel", afirmou num post no X.

França

O Ministério da Europa e dos Negócios Estrangeiros francês afirmou que está em contacto com as autoridades libanesas para evitar mais desestabilização.

O antigo eurodeputado Jean-Luc Melenchon afirmou que o assassinato de Nasrallah "é mais um passo para a invasão do Líbano e para a guerra geral".

"A França já não conta no terreno. Os crimes de Netanyahu vão continuar, uma vez que não são punidos. O perigo é extremo para a região e para o mundo", escreveu no X.

Itália

Numa breve declaração, o Ministro dos Negócios Estrangeiros italiano, Antonio Tajani, não fez qualquer referência direta à morte de Nasrallah, mas instou todos os italianos no Líbano a abandonarem imediatamente o país.

"Apelamos a todos os cidadãos italianos para que abandonem o Líbano o mais rapidamente possível, utilizando também os voos regulares que continuam a operar a partir do aeroporto de Beirute para Milão e Roma", disse Tajani em Colónia.

Israel garantiu a segurança dos mais de 1.200 soldados italianos estacionados no sul do Líbano, que fazem parte de uma força de paz da ONU com 10.000 efectivos.

Rússia

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia declarou que condena veementemente o assassinato de Nasrallah e apelou a Israel para que cesse todas as hostilidades no Líbano.

"Esta ação enérgica tem consequências dramáticas ainda maiores para o Líbano e para todo o Médio Oriente", afirma o comunicado.

Turquia

O presidente Recep Tayyip Erdoğan condenou os ataques de Israel no Líbano como parte do que ele chamou de uma política de "genocídio, ocupação e invasão".

Num post no X, Erdoğan disse que o mundo muçulmano deveria mostrar uma postura mais "determinada".

Nações Unidas

O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, disse estar "gravemente preocupado" com o que chamou de "escalada dramática" no Líbano.

"Este ciclo de violência tem de parar agora e todas as partes têm de se afastar da beira do abismo. O povo libanês e o povo israelita, bem como toda a região, não podem permitir-se uma guerra total", afirma um comunicado do seu gabinete.

Estados Unidos

O Presidente dos EUA, Joe Biden, afirmou que a morte de Nasrallah era "uma medida de justiça para as suas muitas vítimas, incluindo milhares de americanos, israelitas e civis libaneses".

Biden reafirmou o apoio americano ao "direito de Israel de se defender contra o Hezbollah, o Hamas, os Houthis e quaisquer outros grupos terroristas apoiados pelo Irão".

Israel Prime Minister Benjamin Netanyahu addresses the United Nations General Assembly, September 27, 2024
Israel Prime Minister Benjamin Netanyahu addresses the United Nations General Assembly, September 27, 2024 Richard Drew/Copyright 2024 The AP. All rights reserved

Israel

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que Israel "acertou as contas" com a morte de Nasrallah, considerando-a um "ponto de viragem histórico".

"Acertámos contas com o responsável pelo assassinato de inúmeros israelitas e de muitos cidadãos de outros países, incluindo centenas de americanos e dezenas de franceses", afirmou.

Irão

O Presidente do Irão, Masoud Pezeshkian, afirmou que a morte de Nasrallah "só reforçará ainda mais a resistência", acrescentando que os EUA não podem negar a sua cumplicidade.

O líder supremo do Irão, Ayatollah Ali Khamenei, decretou cinco dias de luto e apelou a todos os muçulmanos para que se levantem contra Israel.

Disse ainda que a morte de Nasrallah "não passará despercebida".

Palestinian protesters carry Hezbollah flags and posters of Hassan Nasrallah during a rally in support of Hezbollah in Ramallah, September 28, 2024
Palestinian protesters carry Hezbollah flags and posters of Hassan Nasrallah during a rally in support of Hezbollah in Ramallah, September 28, 2024 Nasser Nasser/Copyright 2024 The AP. All rights reserved

Hamas

O Hamas condenou o assassinato de Nasrallah como um "ato cobarde e terrorista".

"Condenamos com toda a veemência esta agressão sionista bárbara e o ataque a edifícios residenciais", declarou o grupo num comunicado.

"Face a este crime e massacre sionista, renovamos a nossa solidariedade absoluta e mantemo-nos unidos aos irmãos do Hezbollah e à resistência islâmica no Líbano."