Ataques israelitas com drones fazem quatro mortos no Líbano
Vários ataques israelitas com drones lançados esta quinta-feira fizeram quatro mortos e vários feridos.
Foram também levadas a cabo ofensivas aéreas de grandes dimensões contra os subúrbios do sul de Beirute, incluindo uma zona situada perto do único aeroporto internacional do Líbano. Não há para já registo de vítimas mortais no seguimento destes ataques.
As forças armadas israelitas tinham anteriormente emitido um aviso de evacuação para o local, afirmando que existiam ali instalações do Hezbollah, sem dar mais pormenores.
“Estas são propriedades privadas das pessoas. Que Deus ajude as pessoas. É apenas atacar por atacar”, diz Hassan Jaafil, residente em Ouzai.
Das quatro vítimas moratis feitas por ataques israelitas no Líbano esta quinta-feira, três resultaram de uma investida aérea contra um posto de controlo do exército libanês na cidade portuária de Sidon, pouco mais de 40 quilómetros a sul de Beirute. Sete pessoas ficaram feridas.
O exército libanês afirmou que os feridos são soldados libaneses e também soldados malaios da missão das Nações Unidas, não tendo sido avançadas informações imediatas sobre a identidade das pessoas que morreram.
Um terceiro ataque de drones esta quinta-feira atingiu um carro numa autoestrada dos arredores de Beirute, matando uma mulher, segundo a imprensa local.
Deputados libaneses pedem proteção do património do país
Entretanto, cerca de 100 deputados do parlamento libanês enviaram uma “mensagem urgente” à UNESCO, fazendo um apelo à proteção do património do país.
Esta posição surge depois de a força aérea israelita ter atingido recentemente zonas próximas de sítios arqueológicos em diferentes partes do Líbano, incluindo a cidade de Baalbek, no nordeste do país, e a cidade portuária de Tiro, no sul.
“Para Audrey Azoulay, chefe da UNESCO, durante a guerra destrutiva contra o Líbano, Israel cometeu graves violações e atrocidades contra os direitos humanos. Derrubou as leis internacionais, bem como os valores em que as Nações Unidas foram fundadas”, afirma Najat Saliba, deputada do parlamento libanês.
MNE francês de volta ao Médio Oriente
Em visita a Jerusalém, o ministro francês dos Negócios Estrangeiros, Jean-Noël Barrot, encontrou-se com o seu homólogo israelita, Israel Katz, que entretanto vai assumir o Ministério da Defesa após a demissão de Yoav Gallant. Foi a segunda presença de Barrot em Israel no espaço de um mês.
O chefe da diplomacia francesa encontrou-se também com o ministro israelita dos Assuntos Estratégicos e com a família dos reféns, antes de seguir para Ramallah, onde se reuniu com funcionários da Autoridade Palestiniana.
“Ele (Trump) nunca escondeu o seu desejo de pôr fim às guerras intermináveis no Médio Oriente”, referiu Barrot, acrescentando que a questão palestiniana não vai desaparecer, independentemente da administração americana que estiver no poder.
Desde o início do conflito entre Israel e o Hezbollah, em 2023, pelo menos 3 mil pessoas morreram e cerca de 13.500 ficaram feridas no Líbano, informou o Ministério da Saúde libnês.
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