Paddy Cosgrave quer que Web Summit fique em Lisboa "para sempre"
A Web Summit mudou-se de Dublin para Lisboa em 2016, "numa oportunidade para crescer", dizia à época Paddy Cosgrave, CEO e cofundador da maior conferência de tecnologia da Europa.
Hoje, a capital portuguesa é uma aposta ganha.
"Os jornalistas especializados em tecnologia criticaram a mudança. Acharam que a Web Summit devia ter ido para uma capital tecnológica europeia "a sério" e, aparentemente, Lisboa era um destino muito "pouco sério” para mochileiros e despedidas de solteiro. Nos últimos nove anos, Lisboa transformou-se. A Web Summit, diria eu, desempenhou um papel importante", refere Cosgrave.
A Web Summit tem contrato com a Câmara Municipal de Lisboa até 2028 e pretende ficar na capital portuguesa para além desse período, avisando, ainda assim, que já está no limite em termos de espaço e que será necessário alargar a área dedicada ao evento no Parque das Nações.
"Usámos todos os espaços disponíveis, reparem que este ano temos mesas no exterior e cadeiras, o que funciona se o tempo estiver bom. A Web Summit encaixa lindamente em Lisboa e espero que possamos ficar aqui para sempre", adianta Paddy Cosgrave.
Web Summit transformou setor tecnológico português
Quer fique ou não em Lisboa, a Web Summit já deixou a sua marca na tecnologia portuguesa.
"O investimento anual em startups em Portugal rondava os 50 milhões por ano. Em 2021, atingimos um recorde de 1,5 mil milhões de euros investidos em startups. Portanto, é um crescimento absolutamente extraordinário. Neste momento, Portugal e Lisboa são conhecidos como um dos principais hubs de empreendedorismo da Europa", realça António Dias Martins, CEO da Startup Portugal.
Mais de 300 startups portuguesas mostraram-se ao mundo nos últimos três dias, 150 delas no stand de Portugal.
E não é só Lisboa que está a ganhar destaque no setor tecnológico português. Na edição deste ano da Web Summit, Braga foi eleita a cidade europeia mais inovadora e ganhou um prémio de 500 mil euros.
A Framedrop.ai foi a grande vencedora do Road 2 Web Summit, ao conseguir o primeiro lugar na categoria de Startup Promissora. Já a Deeploy foi escolhida como a startup com melhor desempenho no Bootcamp de Lisboa e Porto e durante a Web Summit, tendo-lhe sido atribuído um cheque de cinco mil euros.
Como explica a Startup Portugal, as startups que integram a edição deste ano destacam-se pelas remunerações acima da média, a qualificação superior dos seus colaboradores, recurso à IA, independência financeira e, sobretudo, pelo impacto na inclusão social.
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