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Trump chama "ditador" a Zelenskyy e critica dirigentes de Kiev

• Feb 19, 2025, 4:56 PM
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A troca de "mimos" entre o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy e o homólogo norte-americano, Donald Trump, aumentou ainda mais esta quarta-feira, depois de Trump ter rotulado o líder ucraniano de "ditador" e "comediante de sucesso modesto".

"Eu amo a Ucrânia, mas Zelenskyy fez um trabalho terrível, o seu país está destruído e milhões de pessoas morreram desnecessariamente", disse Trump num post no Truth Social, reproduzido também no X (antigo Twitter).

"É melhor que Zelensky se mexa depressa ou não lhe vai restar um país", acrescenta.

As palavras duras de Trump vieram em resposta a uma declaração anterior de Zelenskyy, que disse que o presidente dos EUA estava a viver no "espaço de desinformação" da Rússia, após as alegações de Trump de que o papel de Zelenskyy como presidente era ilegítimo devido à ausência de eleições na Ucrânia.

A Ucrânia deveria ter realizado eleições presidenciais em março ou abril de 2024, concluindo o primeiro mandato de cinco anos de Zelenskyy. A votação foi adiada porque a Constituição do país não permite a realização de eleições durante a lei marcial, que foi declarada em 24 de fevereiro de 2022, dia em que a Rússia lançou a sua invasão em larga escala da Ucrânia.

O Kremlin procurou repetidamente usar este atraso para retratar Zelenskyy como "ilegítimo", uma alegação rejeitada por Kiev como uma distorção da constituição.

No sábado, durante a Conferência de Segurança de Munique, o presidente ucraniano disse que está "aberto a discutir a realização de eleições na Ucrânia", mas que isso não é algo que os seus compatriotas queiram, devido à preocupação de que o levantamento da lei marcial possa enfraquecer a defesa do país. "Estou a concentrar-me na sobrevivência do nosso país. É o que tenho feito ao longo do meu mandato", afirmou.

Entretanto, foram levantadas questões sobre a mais recente eleição presidencial na Rússia, em março de 2024, em que o atual presidente Vladimir Putin ganhou o seu quinto mandato com 88% dos votos.

A eleição foi marcada pelo facto de Putin não ter enfrentado uma oposição credível devido ao facto de vários candidatos, incluindo Alexei Navalny, terem sido impedidos de concorrer pela Comissão Eleitoral Central, entre outras irregularidades. Navalny acabou depois por morrer na prisão, em circunstâncias que levantam suspeitas de envolvimento do Kremlin.

A maioria dos observadores internacionais classificou a votação como "não sendo livre nem justa".