Em que países da UE há mais pessoas empregadas na indústria do desporto?

Entre 2023 e 2024, o emprego no setor do desporto aumentou 6,5%, tendo atingido os 1,6 milhões de trabalhadores no ano passado.
Este é o terceiro ano consecutivo em que o emprego no desporto regista um crescimento, uma tendência positiva atribuída à recuperação no período após a pandemia da covid-19, de acordo com o Eurostat.
A Suécia lidera, com 1,50% da sua força de trabalho empregada na indústria do desporto, seguida da Dinamarca, com 1,37%, e da Espanha, com 1,17%.
Em contrapartida, a Roménia (0,21%), a Bulgária (0,44%) e a Chéquia (0,47%) são os países com menor percentagem de pessoas a trabalhar neste setor.
No que toca à estrutura etária da população total empregada, a percentagem de jovens empregados no desporto é mais elevada do que a média da UE para todos os outros setores.
No ano passado, mais de um terço (36,8%) de todos os trabalhadores tinham idades compreendidas entre os 15 e os 29 anos.
Em sete países da UE, pelo menos 40% das pessoas empregadas no desporto eram jovens: Dinamarca (52,7%), Finlândia (49,7%), Suécia (49,2%), Países Baixos (46,3%), Bélgica (43,5%), Espanha (43,5%) e Irlanda (43,2%).
Na Bulgária e em Espanha, este valor era pelo menos três vezes superior ao de outros setores de emprego.
As mulheres na indústria do desporto
A indústria do desporto é, desde há muito, uma das áreas onde a desigualdade de género é mais visível.
Só nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Paris 2024 foi alcançada a paridade de género entre os atletas, com um número igual de homens e mulheres a competir pela primeira vez.
No entanto, a desigualdade de género no emprego no setor do desporto aumentou desde 2011 na União Europeia.
Em 2024, mais de 900.000 homens trabalhavam no desporto, em comparação com pouco mais de 700.000 mulheres.
Na maioria dos países da UE, os homens superam as mulheres em empregos relacionados com o desporto, sendo as maiores disparidades de género no emprego observadas em Chipre (onde 69,4% dos empregados eram homens) e na Bélgica (66,8%).
No entanto, em três países da UE, existiam mais mulheres do que homens empregados no desporto (Letónia com 53,3%, Suécia com 51,4% e Países Baixos com 50,8%).
A disparidade de género é também evidente nos cargos de liderança.
Em 2024, as mulheres ocupavam menos de um quarto dos cargos de tomada de decisão nas federações desportivas nacionais dos dez desportos mais populares da UE, variando entre pouco menos de 8% na Eslovénia e 51% na Suécia.
Apenas 13% destas federações tinham uma mulher como presidente e 21% como vice-presidente.