Estónia prepara-se para contrair até 3,6 mil milhões de euros em empréstimos da UE para a defesa
Numa conferência de imprensa conjunta na Estónia, no sábado, com a primeira-ministra Kristen Michal, a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, sublinhou que as sanções contra a Rússia devem ser reforçadas e que a Europa precisa de aumentar as suas despesas com a defesa.
"O nosso objetivo é que, até 2030, tenhamos colmatado significativamente todas as lacunas que identificámos hoje", afirmou von der Leyen, falando na Base Aérea de Ämari, onde estão estacionadas as aeronaves da NATO. "Aqui colocamos uma forte ênfase na defesa".
"A Estónia está a tornar o flanco oriental mais seguro. E a Europa, mais forte", acrescentou von der Leyen.
Com a ajuda do instrumento de empréstimo SAFE (Security Action for Europe) da Comissão Europeia, a Estónia tenciona contrair um empréstimo de 3,6 mil milhões de euros para financiar as suas despesas com a defesa.
"A Estónia já se encontra entre os países da NATO que mais gastam com a defesa em relação ao PIB", afirmou a Presidente da Comissão Europeia num comunicado. "Por isso, estamos a investir rapidamente mais, estamos a investir melhor e estamos a investir a nível europeu".
"Não temos ilusões. A Rússia só pode ser travada pela força, apenas pela força unida", afirmou a primeira-ministra da Estónia, Kristen Michal, na conferência de imprensa de sábado.
Von der Leyen e Michal também debateram o reforço das sanções contra a Rússia, especificamente sobre a sua frota sombra, bem como a forma de avançar com os activos congelados da Rússia.
A visita de Von der Leyen à Estónia faz parte da sua viagem de quatro dias pelos Estados europeus que fazem fronteira com a Rússia ou com a sua aliada Bielorrússia, com o objetivo de salientar a solidariedade com os Estados fronteiriços e apoiar o desenvolvimento da indústria de defesa europeia.
A viagem de Von der Leyen consiste em visitas à Finlândia, Estónia, Lituânia, Letónia e Polónia, países que partilham uma fronteira com a Rússia ou a Bielorrússia, bem como à Bulgária e à Roménia.
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