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Eurodeputados socialistas e liberais reelegem líderes por aclamação

• Jun 25, 2024, 3:36 PM
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O próximo Parlamento Europeu será liderado por rostos conhecidos nas principais bancadas. Após as reuniões constitutivas, quarta-feira, os socialistas e democratas, po rum lado, e os liberais, por outro, reelegeram os seus líderes em exercício, apostando no status quo para fazer face ao que se espera ser um hemiciclo turbulento.

A espanhola Iratxe García Pérez, uma aliada próxima do primeiro-ministro, Pedro Sánchez, foi apoiada pelos seus colegas socialistas para um novo mandato. Com 136 lugares, os socialistas continuam a ser a segunda maior força no Parlamento e a principal voz do campo progressista.

"Queremos insistir e trabalhar nas nossas prioridades: igualdade, democracia, Estado de direito e, claro, uma agenda forte para uma Europa social-democrata e sustentável", afirmou García Pérez, à imprensa, após a confirmação da sua vitória.

"Temos de continuar com as nossas ambições sobre o Pacto Ecológico, investir na indústria e continuar a apoiar a Ucrânia e a paz no Médio Oriente", acrescentou.

A francesa Valérie Hayer, a quem o presidente Emmanuel Macron confiou a liderança de uma campanha contundente contra o Reagrupamento Nacional (extrema-direita), foi escolhida como presidente do Renovar a Europe, apesar do fraco desempenho da sua delegação nas urnas francesas.

Devido ao colapso do partido Renascimento, de Macron, o Renovar a Europa caiu de 102 para 74 eurodeputados, enfraquecendo o papel tradicional do partido na mediação entre a direita e a esquerda.

Ambas as líderes foram eleitos por aclamação, uma vez que não foi apresentado qualquer concorrente.

No caso dos socialistas, os resultados melhores do que os esperados do Partito Democratico (PD), em Itália, alimentaram a especulação de que seria apresentado um candidato italiano para destronar García Pérez, que pertence ao Partido Socialista Obrero (PSOE) de Espanha, o que não se veio a verificar.

Uma das primeiras tarefas destas líderes de bancada será liderar as negociações com Ursula von der Leyen, que precisa dos votos dos socialistas para garantir a sua reeleição como presidente da Comissão Europeia. Questionado sobre possíveis compromissos, García Pérez disse que o seu grupo iria "negociar políticas", mas avisou que "isto não pode ser um cheque em branco".

"Temos de falar sobre as nossas prioridades e vamos ser muito sérios nesse sentido", afirmou.

Tempos difíceis para os liberais

A reeleição de Hayer esteve mais em dúvida por um breve período. Sophie Wilmès, ex-primeira-ministra da Bélgica, que liderou com sucesso a lista liberal no país, era vista como uma candidata de peso para substituir Hayer e acabar com o controlo que os franceses têm tido há anos no Removar a Europa.

Wilmès era apoiada pelo Partido da Aliança dos Democratas e Liberais pela Europa (ALDE), que inclui representantes da Alemanha, Países Baixos, Dinamarca, Estónia e Irlanda, entre outros, o que significa que poderia ter reunido os votos necessários. A belga, no entanto, não se apresentou.

Em vez disso, o português João Cotrim de Figueiredo, vencedor pela primeira vez pelo partido Iniciativa Liberal, surpreendeu com uma candidatura. A sua falta de experiência em Bruxelas e o seu baixo perfil político condenaram a sua candidatura.

Depois de se ter tornado claro que as outras delegações do ALDE não estavam dispostas a apoiar a sua candidatura, Cotrim de Figueiredo apresentou uma candidatura para ser apenas um dos novos vice-presidentes do grupo.

A ausência de rivais abriu caminho a Hayer, assegurando que Paris continua a ser o centro da família liberal.

"O Renovar a Europa está determinada a ser a vanguarda dos valores pró-europeus no centro do Parlamento Europeu", afirmou Hayer, prometendo focar-se na defesa, segurança, competitividade, Estado de direito e liberdades individuais.

A reeleição de García Pérez e Hayer acontece dias depois de o Partido Popular Europeu (PPE), de centro-direita, que venceu as eleições com 189 lugares, ter confirmado o alemão Manfred Weber como líder do grupo. Weber, que ocupa o cargo desde 2014, também concorreu sem oposição.

Os Verdes escolheram um par de caras conhecidas, Terry Reintke e Bas Eickhout, como co-presidentes para o próximo mandato e foram os únicos candidatos ao cargo.