Milhares protestam contra convenção do partido Alternativa para a Alemanha
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Milhares de pessoas saíram às ruas da cidade alemã de Essen, no sábado, para protestar contra a realização de uma convenção do partido Alternativa para a Alemanha (AfD).
O partido de extrema-direita reelegeu os seus dois principais líderes, Alice Weidel e Tino Chrupalla, para um novo mandato de dois anos. De acordo com Weidel o país precisa “desesperadamente de uma mudança política”.
"A Alemanha precisa de um segundo 1989, 1990", disse Weidel, citada pela AP.
Os organizadores dos protestos contra a AfD acreditam que as suas manifestações estão a ajudar a mudar a opinião pública, depois do partido de extrema-direita ter obtido 15,9% dos votos nas últimas eleições para o Parlamento Europeu, uma percentagem muito superior à conseguida pelos sociais-democratas do chanceler Olaf Scholz.
“Vimos que os protestos que temos estado a organizar aqui e nos últimos seis meses foram bem sucedidos. E é para isso que estamos aqui: para os convencer de que há outras soluções para além de votar no AfD. ... O AfD oferece soluções a curto prazo, mas não pensa nos problemas que daí advêm. Oferecem soluções simples que parecem fáceis no início mas que, se pensarmos a longo prazo, não vão funcionar”, disse a porta-voz do Juntos em Voz Alta, Linda Kastrup, um movimento alemão que se opõe à extrema-direita e ao populismo.
O protesto atingiu o auge quando vários manifestantes tentaram bloquear estradas e entraram em confronto com a polícia, tendo vários agentes ficado feridos, segundo as autoridades locais.
As próximas eleições autárquicas alemãs deverão ter lugar no leste do país, em setembro, uma região que tradicionalmente favorece a AfD.
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