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Aluno que esfaqueou seis colegas na Azambuja não pode ser responsabilizado criminalmente

• Sep 18, 2024, 10:48 AM
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O aluno que, na tarde de terça-feira, esfaqueou seis colegas numa escola da Azambuja, foi "detido em flagrante delito" e levado para um hospital para ser sujeito a uma avaliação psicológica, avançou a agência Lusa, citando fonte policial.

De acordo com informação obtida pela Rádio Renascença, pela sua idade, o menor não pode ser responsabilizado criminalmente, mas está a ser alvo de um inquérito tutelar indicativo. Isto significa que irá ser ouvido por um juiz de família e menores em 48 horas.

Enquanto isso, a direção do agrupamento instaurou um processo disciplinar ao aluno e determinou a sua suspensão preventiva.

Segundo a mesma fonte policial citada pela Lusa, a criança de 12 anos que atacou outras crianças na Escola Básica 1, 2 e 3 da Azambuja, no distrito de Lisboa, foi mantido numa sala da escola depois de ser imobilizado e ficou à guarda da GNR até ser interrogado por elementos da Polícia Judiciária, que realizou perícias no estabelecimento de ensino.

Na tarde de terça-feira, o estudante atacou com uma arma branca seis colegas, entre os 12 e os 14 anos. Uma criança ficou em estado grave e foi transportada para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, mas não corre risco de vida. Inicialmente, foi avançado que um professor também fora alvo do ataque, mas a informação não se confirmou.

O agressor voltou à escola após o horário de almoço e usou uma faca para agredir indiscriminadamente as outras crianças. Segundo as informações mais recentes, vestia um colete antibalas do pai.

Primeiro-ministro sublinha "ataque isolado"

"Condeno nos termos mais veementes o ataque ocorrido na Escola Básica na Azambuja e faço votos de plena e rápida recuperação aos alunos feridos", escreveu Luís Montenegro no X. O primeiro-ministro sublinhou que se tratou de "um ato isolado e de um fenómeno estranho à sociedade portuguesa, mas que deve fazer refletir com sentido de responsabilidade todos os que atuam no espaço público".

Marcelo Rebelo de Sousa também repudiou o incidente em comunicado, salientando que "nada pode justificar" o sucedido.

"A situação deve ser devidamente apurada e merece não só a condenação, como a reflexão sobre a necessidade de educar para a paz, a concordia, a tolerância e a civilidade", lê-se ainda no comunicado do Presidente.

A escola onde ocorreu o ataque já reabriu esta quarta-feira, com reforço policial e uma equipa de psicólogos à disposição da comunidade escolar, avança a CNN Portugal.