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Von der Leyen promete ajuda de 160 milhões de euros à Ucrânia a partir de ativos russos congelados

• Sep 19, 2024, 4:35 PM
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Os ativos russos congelados apreendidos pela União Europeia (UE) serão utilizados para ajudar a suprir 15% das necessidades energéticas da Ucrânia antes do inverno, disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, aos jornalistas esta quinta-feira.

A UE está disposta a enviar 100 milhões de euros para a reparação de centrais elétricas e para o reforço das energias renováveis, com uma capacidade de cerca de 2,5 Gigawatts, e mais 60 milhões de euros para ajuda humanitária, abrigos e geradores de energia nas regiões mais afetadas da Ucrânia, segundo von der Leyen.

A Comissão Europeia informou que doou ao país mais de 2 mil milhões de euros para segurança energética desde a invasão da Rússia em 2022, e que 80% das centrais térmicas da Ucrânia e um terço da capacidade hidroelétrica estão agora destruídas.

O último ataque com mísseis, a 26 de agosto, deixou milhões de ucranianos sem eletricidade durante horas.

“É justo que a Rússia pague pela destruição que causou. Sabemos que é necessário mais. Temos de continuar a transferir parte das receitas dos ativos russos imobilizados para a resistência energética da Ucrânia”, afirmou a presidente Comissão Europeia, que se vai encontrar sexta-feira com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, em Kiev.

Fatih Birol, diretor executivo da Agência Internacional da Energia, disse aos jornalistas que a UE poderia ajudar o seu vizinho devastado pela guerra aumentando o transporte de eletricidade “sem comprometer a segurança energética do bloco”.

A AIE tem promovido o armazenamento de gás natural e incentivado os consumidores a reduzir o consumo de energia.

A Moldova também depende de acordos de trânsito entre a Rússia e a Ucrânia que expiram no final deste ano, acrescentou Birol, o que implica uma incerteza significativa para o fornecimento de eletricidade à Moldova e, em particular, para o fornecimento de gás à Transnístria.

Todos por um, um por todos

Embora a UE continue amplamente unida no apoio ao seu vizinho oriental, o primeiro-ministro grego Kyriakos Mitsotakis questionou o impacto da sincronização da Ucrânia com a rede elétrica da UE, um processo concluído em março de 2022.

“Os ataques da Rússia contra a rede ucraniana transformaram a Ucrânia num importador líquido significativo. Este défice está a ser coberto pelos países da UE. Este é mais um custo que a guerra devastadora da Rússia está a impor às nossas economias”, afirmou Mitsotakis numa carta enviada a von der Leyen a 13 de setembro, referindo que os preços da eletricidade por megawatt-hora na Grécia mais do que duplicaram, passando de 60 euros em abril para 130 euros em agosto.

“Verificaram-se aumentos semelhantes na Bulgária, Roménia, Hungria, Croácia e outros Estados-Membros. Esta é uma crise regional”, acrescenta a carta.

No entanto, um funcionário da UE, que falou sob condição de anonimato, disse aos jornalistas que a volatilidade dos preços se deve a vários fatores, incluindo a inadequação entre a oferta e a procura, a falta de armazenamento e a utilização ineficaz das interligações.

“Precisamos de estudar outras possibilidades e outros meios”, disse o funcionário da UE, acrescentando: “Vamos analisar as possibilidades legais em conjunto com o governo grego”.

Mais ajuda financeira

O anúncio desta quinta-feira surge no momento em que os Estados-membros intensificam as conversações sobre um empréstimo de 50 mil milhões de dólares [46 mil milhões de euros] para a Ucrânia, que deverá ser apoiado pelas sete principais democracias desenvolvidas do mundo, utilizando os ativos imobilizados da Rússia como garantia.

Os juros obtidos pelos fundos estatais congelados serviriam para reembolsar gradualmente o empréstimo, de modo a que os governos nacionais não tivessem de tapar o grande buraco no orçamento da Ucrânia.

A UE está a estudar a forma de tornar o plano imune a um possível veto da Hungria, cética em relação à Ucrânia, o que poderia fazer com que o empréstimo não fosse aprovado.

Jorge Liboreiro contribuiu para este artigo.


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