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André Ventura fala em "dia histórico" na manifestação do Chega contra a "imigração descontrolada"

• Sep 29, 2024, 6:07 PM
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O líder do Chega, André Ventura, disse aos jornalistas que a manifestação contra a "imigração descontrolada", convocada para este domingo, contou com mais de três mil participantes e descreveu o dia 29 de setembro de 2024 como "histórico".

"É uma manifestação histórica, no sentido em que é a primeira vez na história de Portugal que um grande movimento sai à rua para dizer que quer não acabar com a imigração, mas controle na imigração", disse Ventura, citado pela Lusa.

Ainda não existem, no entanto, números oficiais sobre a participação na manifestação.

Ventura defende o controlo das fronteiras e as quotas para a imigração, tendo referido, no início da manifestação, que, desta forma, o país definiria o que precisa através de uma quota anual e que esta não podia ser superada. "A quem vem por mal e entra nessa quota, só há uma solução, quem cometer crimes em Portugal sendo imigrante só tem um caminho, a deportação".

"“Em Portugal mandamos nós”, referiu André Ventura.

Recusou-se, no entanto, a comentar a presença de elementos de movimentos de extrema-direita na manifestação, como Mário Machado, apelando apenas a que "toda a gente que venha a esta manifestação venha por bem".

O protesto começou pelas 16:00, tendo os manifestantes iniciado uma marcha na Alameda, com um forte dispositivo policial, e descido a Avenida Almirante Reis, em direção ao Martim Moniz.

Seguravam cartazes onde se podia ler “Expulsão de imigrantes que cometam crimes”, "Nem mais um imigrante ilegal" ou "Chega de bandalheira".

Protesto contra o Chega em simultâneo

Já no Largo do Intendente, a plataforma Não Passarão organizou um protesto, que junta várias organizações, contra a manifestação do Chega. Ao contrário do partido de extrema-direita, a Não Passarão defende a imigração.

Duas pessoas desta segunda manifestação, que também contava com uma forte presença policial, foram detidas, "por resistência e coação a funcionário".

A PSP informou, em comunicado, que os dois detidos são um homem e uma mulher de, respetivamente, 25 e 28 anos. Foram ainda identificadas quatro pessoas "que integravam a manifestação promovida pelo Partido Chega por infração à lei de segurança privada".

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, reagiu, entretanto, ao protesto do Chega, tendo defendido que “o direito de manifestação é um direito próprio da democracia” e que “pode por vezes haver choques, pontos de vista diversos, mas o grosso dos portugueses é muito pacífico, muito calmo, muito tranquilo”.

Desde o ano passado que existem mais cerca de 33% de estrangeiros a viver em Portugal, e mais de um milhão de imigrantes a viver legalmente no país, segundo um documento apresentado pelo Governo em junho.