Rutte diz que Ucrânia está "no topo das prioridades" ao assumir liderança da NATO
Mark Rutte prometeu dar prioridade ao apoio à Ucrânia ao assumir a chefia da aliança militar da NATO, numa cerimónia realizada esta terça-feira.
O antigo primeiro-ministro dos Países Baixos afirmou também que a NATO precisa de colmatar as lacunas de capacidade, ao substituir o norueguês Jens Stoltenberg no cargo de secretário-geral.
"É uma grande honra estar aqui. Agradeço a todas as vossas nações por me confiarem esta responsabilidade", disse Rutte aos membros do Conselho do Atlântico Norte.
A aliança deve "intensificar o nosso apoio à Ucrânia e aproximá-la cada vez mais da NATO", acrescentou, depois dos líderes do pacto de defesa terem afirmado que o caminho do país para a adesão era "irreversível".
"Um forte laço transatlântico é a base da nossa aliança e posso assegurar-vos que farei tudo o que estiver ao meu alcance para garantir que se mantenha sólido como uma rocha", afirmou Rutte, esta terça-feira, prometendo trabalhar em conjunto com o candidato eleito em novembro nas presidenciais dos Estados Unidos.
"A NATO é agora maior, mais forte e mais unida do que nunca", indicou Rutte, dizendo ao seu antecessor que era "uma grande honra segui-lo como secretário-geral e ocupar o seu lugar".
"A Ucrânia está no topo da lista: Mas também precisamos de fazer mais em termos de defesa coletiva e de dissuasão", esclareceu Rutte.
Rutte afirmou, ainda, que pretende investir no "parceiro único e essencial" da NATO, a União Europeia, e em países de todo o mundo.
Stoltenberg teve de fazer vários avisos à UE, dada a sua tentativa de reforçar o seu papel militar. Isto deu origem a uma relação que alguns analistas acreditam que Rutte está "bem posicionado" para reparar.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, saudou o novo mandato de Rutte num post na rede social X.
Há também receios quanto às possíveis implicações de uma segunda vitória de Donald Trump nas próximas eleições norte-americanas, dadas as suas anteriores hesitações relativamente à aliança e ao apoio à Ucrânia.
Stoltenberg afirmou que deixava a NATO "com sentimentos contraditórios", citando o aumento do investimento na defesa, que fez com que 23 aliados cumprissem os objetivos de despesa militar e que quatro novos países aderissem à organização, na sequência da agressão russa.
"É um prazer dar-te as boas-vindas, meu bom amigo Mark", disse Stoltenberg em frente aos jornalistas, acrescentando: "Bem-vindo à NATO".
Today