Compromisso climático da UE é extremamente importante, diz especialista
A COP 29, a conferência das nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, a decorrer em Baku, fica para já marcado por um acordo para as regras de um mercado de carbono global e pela aprovação da agenda das negociações financeiras.
O financiamento do combate às mudanças climáticas é precisamente o tema central desta cimeira, no Azerbaijão. O mote foi dado, na manhã desta terça-feira, pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, ao dizer que “no que se refere ao financiamento das alterações climáticas, o mundo tem de pagar ou a Humanidade vai pagar o preço”.
Esta terça-feira devem discursar outros líderes. Depois de acordada a agenda dos trabalhos, decorrem as negociações para um novo regime de financiamento
David Waskow, do World Resources Institute, que está a acompanhar os trabalhos deste COP29, diz que é a partir deste segundo dia que se vai perceber quais as ambições dos países presentes.
“É importante ter uma ideia do que se passa ao longo do dia, a partir desta tarde, com os líderes, chefes de Estado e de Governo de quase uma centena de países que estão aqui para falar sobre os seus planos de ação climática”, diz Waskow.
Este especialista mostra-se particularmente interessado em ouvir as ambições e os compromissos climáticos da União Europeia, que considera ser uma parte fundamental deste processo.
“O próximo compromisso da União Europeia em matéria de clima é uma parte fundamental deste processo”, diz Waskow. “O prazo oficial para apresentar estes compromissos é fevereiro. Nem todos os países podem cumpri-lo, mas penso que é um prazo que a União Europeia tem de cumprir.”
Este especialista sublinha que outro aspeto fundamental é a questão financeira. “É a isso que as negociações desta cimeira se vão resumir. A COP 29 é de facto uma COP financeira”, conclui.
A cimeira COP 29 começou na segunda-feira em Baku, no Azerbaijão e decorre até ao dia 22 de novembro, na próxima semana. Fica marcada pela ausência de importantes líderes mundiais, como a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
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