Geórgia: primeiro-ministro nega suspensão do processo de integração na UE
O primeiro-ministro da Geórgia, Irakli Kobakhidze, negou esta terça-feira que o seu governo estivesse a afastar-se da adesão à União Europeia.
"Lamentamos que alguém tenha entendido mal a nossa mensagem. A integração europeia continua, e não haverá atrasos no caminho para a integração na UE", informou o primeiro-ministro georgiano que atirou culpas aos funcionários europeus pelo atrasado na integração do país no bloco europeu.
"Quero recordar aos burocratas e políticos europeus, incluindo aqueles que estão a impedir artificialmente a integração europeia do nosso país, que ponham as negociações na mesa, e nós assinaremos imediatamente, no mesmo dia, nesse preciso momento. Em vez de chantagem, concentremo-nos na ação; ação em vez de chantagem, e justiça em vez de injustiça", afirmou.
O governo do país anunciou na quinta-feira a suspensão das conversações sobre a adesão à UE, dando origem a cinco noites de protestos furiosos na capital, que levaram à detenção de mais de 200 pessoas. A decisão foi anunciada pelo governo, horas depois de o Parlamento Europeu ter dotado uma resolução que questiona a legitimidade das eleições de outubro na Geórgia.
A vitória contestada do partido Sonho Georgiano nas eleições parlamentares de 26 de outubro, amplamente consideradas como um referendo sobre as aspirações da Geórgia a aderir à UE, provocou manifestações em massa e o boicote da oposição ao parlamento.
A oposição e a presidente pró-europeia do país acusaram o partido no poder de ter manipulado a votação com a ajuda de Moscovo, algo que tanto o governo como o Kremlin negam.
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