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Após saída dos Estados Unidos, governo húngaro pondera se deve continuar a pertencer à OMS

• Feb 7, 2025, 10:06 AM
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Depois dos Estados Unidos e da Argentina, a Hungria também poderá abandonar a Organização Mundial de Saúde (OMS) - pelo menos foi o que disse Gergely Gulyás, em resposta a uma pergunta de um jornalista sobre o assunto.

O que é surpreendente na declaração do ministro responsável pelo gabinete do primeiro-ministro é o facto de não ter apresentado uma razão sustentada sobre saúde, questões financeiras ou qualquer outro motivo técnico, mas sim um argumento assumidamente político.

"Se o país mais poderoso do mundo decide sair de uma organização internacional, penso que o governo húngaro está a agir corretamente se considerar se não devemos também dar esse passo. Podemos chegar à conclusão de que não o devemos fazer, [...] mas vale definitivamente a pena considerar", referiu Gulyás.

No final de janeiro, o presidente dos EUA, Donald Trump, justificou a saída dos Estados Unidos da América da OMS, afirmando que a organização tinha lidado mal com a pandemia de Covid-19 e outras crises de saúde internacionais, mas também cedido à influência política de alguns Estados-membros (China) e exigido a Washington uma quota monetária desproporcionada em comparação com a China. Atualmente, os Estados Unidos fornecem a maior parte do orçamento da OMS, 14,5%, ou seja, 1,3 mil milhões de dólares.

A medida húngara seria, além do mais, surpreendente, porque Budapeste nunca teve oficialmente problemas com a OMS, pelo contrário, quando Hans Kluge, diretor regional europeu da organização, expressou o seu apreço pelo controlo epidemiológico da Hungria durante as conversações com Viktor Orbán, em Budapeste, em 2021. "A Hungria tem uma campanha de vacinação exemplar", afirmou Kluge, à data.

Em forte contraste com a posição de Trump, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Hungria, Péter Szijjártó, afirmou, na altura, que a OMS "permanecia justa e correta, nunca dada a agitações políticas" e que as vacinas não eram avaliadas com base em interesses geopolíticos, mas sim na sua eficácia e segurança.