Sismo de 4,7 na escala de Richter sentido em Lisboa
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O Instituto Português do Mar e da Atmosfera dá conta de um sismo de magnitude 4,7 na escala de Richter, cujo epicentro se localizou a cerca de 14 km a Sudoeste de Seixal.
Em comunicado o IPMA explica que o abalo foi registado pelas 13h24 e, segundo informação disponível até ao momento, "não causou danos pessoais ou materiais".
O IPMA refere ainda que o tremor de terra foi sentido com intensidade máxima V/VI (escala de Mercalli modificada) no concelho de Almada e Sesimbra.
De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos, o abalo registado teve uma magnitude de 4,8 na escala de Richter. O centro norte-americano especifica ainda que o epicentro foi registado a três quilómetros da Charneca da Caparica, no concelho de Almada. O abalo foi sentido em vários locais da Grande Lisboa.
Também o Centro Sismológico Euro-Mediterrânico mantém agora o valor da magnitude nos 4,8.
O IPMA explica ainda que "a localização do epicentro de um sismo é um processo físico e matemático complexo" e que "agências diferentes podem produzir resultados ligeiramente diferentes". "Do mesmo modo, as determinações preliminares são habitualmente corrigidas posteriormente, pela integração de mais informação."
A agência portuguesa acrescenta ainda que "se a situação o justificar serão emitidos novos comunicados".
Imagens partilhadas nas redes sociais de uma transmissão em direto da Praia da Fonte da Telha, na Costa da Caparica, mostram o exato momento em que a terra tremeu.
Em declarações aos jornalistas, já durante esta tarde, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa quis "transmitir uma mensagem de tranquilidade aos lisboetas".
"Tínhamos todos os nossos serviços e equipas, da Proteção Civil, dos Sapadores, em pleno alerta. Não tivemos nenhum registo de dano nem pedidos de urgência ou ajuda. Mas tivemos pessoas que ligaram a pedir informação", esclareceu Carlos Moedas.
O autarca da capital destacou depois o lançamento, em 2022, do primeiro sistema de controlo e alerta tsunami. "Temos hoje duas torres de alerta tsunami, no Terreiro do Paço e na Praça do Império, onde em caso de tsunami há um aviso imediato às pessoas com os sítios para onde todos se devem dirigir", detalhou.
Além disso, foi feita uma revisão do plano de emergência do município e há neste momento "86 pontos de encontro na cidade para onde as pessoas se devem dirigir", acrescentou.
Carlos Moedas aproveitou ainda para lançar um apelo aos lisboetas para se inscreverem no sistema municipal de aviso "AvisoLX" e consultarem também no site da autarquia a localização dos pontos de encontro. "É importante que mandem mensagem para o 927 944 000 para ficarem no registo e receberem informações sobre o que fazer", frisou.
"Sabemos que vivemos numa cidade com risco sísmico, daí a importância de estarmos preparados", reconheceu Carlos Moedas em declarações aos jornalistas.
E detalhou que as zonas de maior preocupação são aquelas que foram "construídas antes da engenharia anti-sísmica ser aplicada nos projetos". "Toda a zona da baixa pombalina, junto à câmara municipal", apontou.
O autarca lisboeta desvalorizou ainda a crítica do PS Lisboa, que acusou Moedas de ter prometido o lançamento de uma aplicação para avaliar o risco sísmico de cada prédio, mas que não passou de um "site de brincar".
"Essa crítica mostra mais sobre quem a faz do que sobre quem a recebe", atirou, apontando depois que foram analisados "mais de 1400 edifícios em Lisboa" e foram formados "700 engenheiros em termos de resistência anti-sísmica".
"Esse site existe para as pessoas saberem se vivem numa zona com dificuldades", rematou.
O site do IPMA ficou em baixo nos primeiros minutos após o abalo desta segunda-feira, obrigando a agência a trabalhar com uma versão simplificada da página. O mesmo tinha acontecido há seis meses, na madrugada de 26 de agosto de 2024, quando um sismo de magnitude 5,3 na escala de Richter foi sentido em Portugal por volta das 5h11.
Na altura, o abalo também foi sentido em Espanha, Gibraltar e Marrocos. O epicentro do sismo foi identificado a 58 quilómetros a Oeste de Sines e a 16 quilómetros de profundidade.
Notícia atualizada às 17h16 de 17 de fevereiro
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