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Trump desmente a imprensa francesa que diz que o presidente dos EUA visitará a Rússia em maio

• Feb 22, 2025, 4:13 PM
10 min de lecture
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, negou que vá deslocar-se a Moscovo a 9 de maio para se encontrar com o seu homólogo russo, Vladimir Putin.

Na sexta-feira, o semanário francês Le Point, citando fontes anónimas, noticiou que Trump poderia assistir a um desfile na capital russa para assinalar o 80º aniversário da Vitória na Grande Guerra Patriótica, um termo utilizado na Rússia para descrever os combates na Frente Oriental durante a Segunda Guerra Mundial.

Questionado na Casa Branca, na sexta-feira, se tencionava ir, Trump desvalorizou as notícias dos media.

Ativistas usando máscaras de Donald Trump e Vladimir Putin protestam contra o apoio dos EUA e da Rússia ao partido de extrema-direita AfD em Berlim, 20 de fevereiro de 2025
Ativistas usando máscaras de Donald Trump e Vladimir Putin protestam contra o apoio dos EUA e da Rússia ao partido de extrema-direita AfD em Berlim, 20 de fevereiro de 2025 AP Photo

"Não, não tenciono ir. Não vou", disse o presidente.

Trump foi também questionado sobre um potencial acordo sobre minerais entre Washington e Kiev, apresentado ao presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, pelo secretário do Tesouro, Scott Bessent, no início de fevereiro.

O acordo prevê que os EUA recebam uma parte de 50% de todas as receitas geradas pelos minerais de terras raras e pelos recursos naturais da Ucrânia, o que as autoridades norte-americanas chamam de pagamento pelo apoio militar anterior.

"Penso que estamos muito perto, sim. Penso que eles querem o acordo. Sentem-se bem com isso. E é significativo, é um grande negócio, mas eles querem-no e isso mantém-nos naquele país e estão muito contentes com isso", disse Trump.

Estes comentários contrastam com as anteriores declarações de Zelenskyy na quarta-feira, quando disse "não posso vender a Ucrânia" e se recusou a assinar o acordo.

Washington exigiu 500 mil milhões de dólares (477 mil milhões de euros) em riqueza mineral da Ucrânia. Isso foi rejeitado por Zelenskyy com o argumento de que os EUA não forneceram nem de longe essa quantia em ajuda militar ou financeira e não ofereceram nenhuma garantia de segurança específica.

Uma mulher reage ao lado de sua casa após um ataque com foguetes na cidade de Kiev, 25 fevereiro, 2022
Uma mulher reage ao lado de sua casa após um ataque com foguetes na cidade de Kiev, 25 fevereiro, 2022 AP Photo

Desde 2022, os EUA forneceram à Ucrânia armamento no valor de cerca de 67 mil milhões de dólares (64 mil milhões de euros).

"Mas temos de receber o nosso dinheiro de volta. Isto deveria ter sido assinado muito antes de entrarmos. Devia ter sido assinado por Biden. Mas Biden não sabia muito sobre o que estava a fazer", acrescentou Trump.

Apoio a Zelenskyy

Os aliados europeus uniram-se recentemente em torno de Zelenskyy, nervosos com o aparente pivot de Trump para Moscovo e receosos de que as negociações de paz se realizem sem o envolvimento direto da Ucrânia e favoreçam a Rússia.

Na segunda-feira, os líderes europeus realizaram uma cimeira de crise em Paris, organizada pelo Presidente francês Emmanuel Macron, antes de os funcionários dos EUA se reunirem com diplomatas russos na Arábia Saudita, na terça-feira.

Nem representantes ucranianos nem europeus foram convidados para essas conversações.

Uma mulher passa por uma tela de TV em St. Petersburg transmitindo notícias das negociações entre os EUA e a Rússia na Arábia Saudita, 18 de fevereiro de 2025
Uma mulher passa por uma tela de TV em St. Petersburg transmitindo notícias das negociações entre os EUA e a Rússia na Arábia Saudita, 18 de fevereiro de 2025 AP Photo

O que se seguiu foi uma escalada de palavras entre os presidentes dos EUA e da Ucrânia. Na quarta-feira, Trump reagiu às objecções da Ucrânia por não ter sido convidada para as conversações de cessar-fogo, sugerindo que a Ucrânia tinha começado a guerra.

Isso levou Zelenskyy a acusar Trump de viver numa "bolha de desinformação" russa.

Um dia depois, Trump ripostou, apelidando Zelenskyy de ditador por não ter realizado novas eleições quando o seu mandato terminou em maio do ano passado.

A Ucrânia tem estado sob lei marcial desde a invasão russa e, de acordo com a constituição do país, não podem ser realizadas eleições.

Numa entrevista radiofónica à Fox News, na sexta-feira, Trump disse que os ucranianos não eram necessários nas conversações de cessar-fogo, acusando Zelenskyy de ter gerido mal a guerra e dizendo: "Eles não têm cartas".

"Não acho que ele seja muito importante para estar nas reuniões", disse Trump sobre Zelenskyy.

Mas as repreensões de Trump a Zelenskyy foram diretamente contrariadas pelo enviado especial da Casa Branca para a Ucrânia e a Rússia, Keith Kellogg.

Kellogg manteve conversações com Zelenskyy em Kiev na sexta-feira e, após a reunião, elogiou-o como um "líder em apuros e corajoso de uma nação em guerra".

O antigo tenente-general dos EUA publicou no X que tinha tido um dia "longo e intenso" de conversações com Zelenskyy, mas que o encontro tinha sido "positivo".

Os líderes da França e do Reino Unido - Emmanuel Macron e Keir Starmer - vão visitar Washington separadamente para conversarem com Trump sobre formas de pôr fim à guerra na Ucrânia.

Macron estará em Washington na segunda-feira, enquanto Starmer visitará o país na quinta-feira.

Trump referiu-se a Macron como um "amigo meu" e disse que Starmer era um "tipo porreiro", mas num ataque a ambos afirmou que "não fizeram nada" para pôr fim ao conflito.


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