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Comissão Europeia suspende retaliação contra tarifas dos EUA por mais seis meses

• Aug 4, 2025, 5:06 PM
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A Comissão Europeia vai suspender na terça-feira um pacote de contramedidas comerciais que visa 93 mil milhões de euros de produtos americanos e que estava previsto entrar em vigor a 7 de agosto, enquanto continua a negociar uma declaração conjunta que formalize o acordo alcançado pela presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, e pelo presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, em 27 de julho.

"A UE [União Europeia] continua a trabalhar com os EUA para finalizar uma declaração conjunta, tal como acordado em 27 de julho", disse o porta-voz da UE, Olof Gill, acrescentando: "Com estes objetivos em mente, a Comissão tomará as medidas necessárias para suspender por seis meses as contramedidas da UE contra os EUA, que deveriam entrar em vigor em 7 de agosto".

Em conformidade com o acordo alcançado, os EUA reduziram a sua taxa pautal para 15% na passada quinta-feira.

Gill afirmou que, com esta medida, a UE obteve uma redução imediata dos direitos aduaneiros, "tendo sido lançada uma primeira base importante para restabelecer a clareza para as empresas da UE que exportam para os EUA".

Diferendo comercial ainda não terminou

No entanto, o diferendo comercial entre a UE e os EUA ainda não terminou, uma vez que ambas as partes ainda têm de negociar determinados pontos do acordo que deram origem a interpretações divergentes.

Além disso, a ordem executiva dos Estados Unidos de 31 de julho não prevê um alívio para a indústria automóvel da UE como se esperava (continua sujeita a direitos aduaneiros de 25%), nem isenta setores estratégicos como o aeronáutico.

Enquanto as negociações prosseguem, a Comissão deve adiar, através de um procedimento de urgência, o pacote de retaliação que adotou contra os direitos aduaneiros dos EUA.

Este pacote consiste em duas listas de produtos que valiam, respetivamente, 21 mil milhões de euros e 72 mil milhões de euros e que foram fundidas em 24 de julho, depois de os Estados-Membros da UE as terem adotado, visando produtos norte-americanos como a soja, os automóveis, os aviões e o whisky Bourbon.