China vai exibir armas de alta tecnologia no Desfile da Vitória

A China vai dar provas da sua potência militar na Parada da Vitória, na quarta-feira, onde o país irá mostrar ao mundo a sua tecnologia de defesa.
O evento anual assinala este ano o 80.º aniversário da vitória da China sobre o Japão na Segunda Guerra Mundial e terá lugar na Praça Tiananmen, em Pequim.
O presidente da China, Xi Jinping, estará presente, bem como vários outros líderes mundiais, incluindo o russo Vladimir Putin. Também o líder chinês esteve presente no "Dia da Vitória" na Rússia em maio deste ano.
Espera-se que mais de 10 mil militares participem no desfile, mas todas as atenções estarão viradas para a tecnologia de defesa do país, à medida que a guerra eletrónica e hipersónica ganha terreno.
Armas esperadas no desfile
- Drone "leal wingman"
Fotografias divulgadas dos exercícios da Parada da Vitória mostraram o drone de ataque furtivo FH 97, também conhecido como "ala leal" ou "companheiro leal", noticiou o South China Morning Post.
O FH-97 é um drone monomotor de ataque ao solo, sem tripulação. Foi considerado o primeiro drone furtivo da China pronto para combate e seria também o primeiro do mundo.
É capaz de realizar ataques coordenados ao lado de jatos tripulados e pode levar a cabo ataques de reconhecimento e interferência eletrónica.
Outros drones poderão ser apresentados, incluindo drones submarinos não tripulados que darão à China vastas capacidades de vigilância.
- Armas hipersónicas
A China não guarda segredo sobre as suas armas hipersónicas, um modelo avançado de míssil que viaja a vários milhares de quilómetros por hora.
Em 2019, o país apresentou pela primeira vez a sua arma hipersónica, o míssil DF-17, durante um desfile militar para comemorar o 70.º aniversário da República Popular da China em 2019.
A China está atualmente a desenvolver uma nova geração de mísseis balísticos intercontinentais móveis avançados (ICBM).
Um dos principais modelos, o DF-31AG, tem um alcance estimado de mais de 11 mil quilómetros e diz-se que é capaz de atingir qualquer alvo no território continental dos Estados Unidos.
Outro modelo desta arma hipersónica é o DF-41, que se diz ter um alcance entre 12 mil e 15 mil quilómetros.
A China manteve-se bastante silenciosa sobre as suas armas hipersónicas desde 2019, pelo que não é claro se alguma estará em exibição.
- Mísseis antinavio
O poder naval da China tem vindo a crescer, com o país a tentar estabelecer-se como uma força dominante.
Acredita-se que em 2024 o país tinha 12 submarinos nucleares e 48 submarinos a gasóleo, incluindo um submarino de mísseis balísticos da próxima geração, o Type-96.
Uma das armas mais esperadas este ano são, inclusive, os mísseis antinavio que podem neutralizar porta-aviões e grandes unidades navais.
Poderá também estar a ser desenvolvido um novo submarino de ataque com propulsão nuclear semelhante.
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