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Reino Unido investiga se IA pode combater superbactérias resistentes a antibióticos

• Nov 18, 2025, 10:16 AM
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Cientistas no Reino Unido vão em breve usar inteligência artificial (IA) para combater a crescente ameaça de infeções resistentes ao tratamento.

A resistência antimicrobiana (RAM) ocorre quando agentes patogénicos, como bactérias ou vírus, evoluem até conseguirem escapar aos medicamentos existentes, tornando as infeções mais difíceis de tratar. O uso excessivo de antibióticos na saúde e na agricultura acelera este processo.

Estima-se que uma em cada seis infeções bacterianas confirmadas em laboratório já sejam resistentes a antibióticos, mostram dados globais, e prevê-se que a RAM venha a matar 39 milhões de pessoasaté 2050.

Os riscos levaram os cientistas a acelerarem a criação de novos fármacos e, agora, apostam na IA para apoiar essa procura.

Cerca de 50 investigadores vão trabalhar na iniciativa de três anos, que arranca no início do próximo ano com 45 milhões de libras (51 milhões de euros) da farmacêutica GSK. A farmacêutica aliou-se à Fleming Initiative, grupo britânico que reúne cientistas, decisores políticos e atores do setor da saúde, para o programa.

“A resistência aos antimicrobianos é um dos maiores desafios que enfrentamos no [Serviço Nacional de Saúde] e em todo o mundo”, disse Tim Orchard, diretor-executivo da Imperial College Healthcare NHS Trust, que ajuda a gerir a Fleming Initiative.

“As infeções resistentes a fármacos são cada vez mais difíceis de tratar e representam um risco crescente para os doentes”, acrescentou Orchard em comunicado.

Vão centrar-se num conjunto de agentes patogénicos que a Organização Mundial da Saúde (OMS) identificou como prioritários: Aspergillus, bactérias Gram-negativas como Escherichia coli (E. coli) e Klebsiella pneumoniae, e Staphylococcus aureus, incluindo Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA).

Num dos projetos, vão criar um modelo de IA para conceber e testar novos antibióticos contra infeções Gram-negativas multirresistentes. A GSK afirmou que os dados e os modelos de IA serão disponibilizados a cientistas noutras partes do mundo para acelerar o desenvolvimento de tratamentos de próxima geração.

Outra equipa vai usar IA para compreender melhor como o sistema imunitário responde ao S. aureus, para que os cientistas possam criar uma vacina eficaz contra estas infeções.

“Precisamos urgentemente de novas soluções e intervenções para combater infeções resistentes a fármacos, algo que só será possível se juntarmos competências”, afirmou Orchard.


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