Idade da reforma volta a subir: portugueses vão ter de trabalhar até aos 66 anos e 11 meses
A idade da reforma vai subir para os 66 anos e 11 meses em 2027, tendo por base os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Por lei, a idade da reforma evolui consoante a esperança média de vida que, atualmente, se situa nos 65 anos. O INE publicou, esta quinta-feira, o valor provisório para o triénio 2023-2025: 20,19 anos, ou seja, mais 0,17 anos do que o registado no triénio anterior.
O novo valor representa um aumento de dois meses face aos 66 anos e nove meses exigidos em 2026, após a diminuição registada durante os anos de pandemia da covid-19.
A idade de reforma tem seguido diferentes direções, nos últimos anos. Em 2022, esta situava-se nos 66 anos e sete meses, enquanto em 2023, como consequência da mortalidade excessiva registada durante a pandemia, diminuiu para os 66 anos e quatro meses. Em 2024, a idade da reforma manteve-se estável e, em 2025, voltou a subir para os 66 anos e sete meses.
Até 2013, por exemplo, a idade da reforma situava-se nos 65 anos. No entanto, em 2014 subiu para os 66 anos e, a partir daí, ficou indexada aos ganhos da esperança média de vida aos 65 anos.
É possível reformar-se mais cedo
Apesar da idade da reforma sem penalização subir previsivelmente para os 66 anos e 11 meses, é possível antecipá-la em quatro meses por cada ano que se exceda os 40 de descontos. No limite, é possível passar à pensão antes dos 65 anos, sem qualquer corte.
Para quem opte por se reformar antecipadamente, no próximo ano, o chamado fator de sustentabilidade será de 17,63%. Isto representa uma subida face ao corte de 16,93%, que está a ser aplicado desde o início de 2025 às reformas antecipadas.
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