Itália faz greve por Gaza: organizadores falam em adesão de cerca de 100 mil pessoas só em Roma

Teve início, em Itália, a greve geral nacional de 24 horas convocada pela USB (Unione Sindacale di Base) e por vários outros sindicatos (Cub, Adl e Sgb), com o objetivo de "defender a Flotilha [humanitária], parar o genocídio em Gaza e exigir o fim da economia de guerra".
O protesto envolverá todos os setores públicos e privados, mas prevê-se que o setor mais afetado seja o dos transportes, excluindo os transportes aéreos, os caminhos-de-ferro interregionais e locais.
Em Roma, na Piazza dei Cinquecento, os organizadores da manifestação contabilizam 100 mil participantes até ao momento. De acordo com uma primeira estimativa das forças de segurança, os aderentes seriam pelo menos 20 mil, com tendência para aumentar. Às 13:30 (hora local) estava prevista a partida dos manifestantes do ponto inicial, numa iniciativa que conta com a participação de várias associações estudantis, professores e voluntários da Emergency.
De acordo com a Polícia de Milão, pelo menos dez mil pessoas reuniram-se para protestar, enquanto os organizadores estimam que sejam pelo menos 50 mil.
"A greve foi convocada em resposta ao genocídio em curso na Faixa de Gaza, ao bloqueio da ajuda humanitária pelo exército israelita e às ameaças contra a missão internacional da Flotilha Global Sumud [...]. A USB denuncia ainda a inércia do governo italiano e da União Europeia, que se recusam a impor sanções ao Estado de Israel e continuam a manter relações económicas e institucionais, apesar da gravidade da situação", lê-se na declaração da USB.
No que diz respeito ao setor ferroviário, a greve começou às 21:00 de domingo e prolongar-se-á até às 20:59 de segunda-feira. Os serviços ferroviários regionais serão garantidos nas faixas horárias das 6:00 às 9:00 e das 18:00 às 21:00, ao passo que nos comboios Intercidades e de longo curso, a Trenitalia estabeleceu uma lista de viagens garantidas que pode ser consultada online.
É esperada também uma grande participação do pessoal das escolas e universidades.
Trata-se do segundo dia de greve nacional após a mobilização, de 19 de setembro, convocada pela CGIL.
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