Serviços de correios europeus vão suspender envios postais para os EUA por causa das tarifas

Vários países europeus vão suspender os seus serviços postais para os EUA, depois de o presidente norte-americano, Donald Trump, ter suspendido, no mês passado, uma isenção fiscal sobre bens de baixa importação de valor inferior a 800 dólares (682 euros).
A Casa Branca afirmou que o seu objetivo é combater práticas ilegais e abusivas, como a importação de drogas ilegais para os Estados Unidos.
As cartas e as pequenas encomendas de valor inferior a 100 dólares (85 euros) não serão afetadas.
O Reino Unido, a França, a Alemanha, a Itália, a Espanha e a Holanda suspenderão temporariamente os serviços a partir da próxima semana, enquanto a Bélgica já deixou de enviar encomendas para os EUA na sexta-feira.
Portugal, através dos CTT, ainda não tomou, ou anunciou, qualquer medida.
O Royal Mail do Reino Unido disse que esperava ter um novo sistema a funcionar nos próximos dias para poder cumprir as novas regras. A Deutsche Post e a DHL Parcel Germany declararam que "continuam por resolver questões fundamentais" no que respeita aos impostos aduaneiros.
Em França, o La Poste afirma que não foi dado tempo aos operadores postais europeus para se organizarem, observando que as especificações e os pormenores técnicos ainda estão "incompletos" do lado americano.
Os Correos de Espanha justificaram a suspensão temporária como uma medida preventiva "a fim de proteger os interesses dos clientes", evitando assim eventuais atrasos ou problemas no processo de entrega.
Esta alteração regulamentar terá um impacto significativo no comércio eletrónico transatlântico, especialmente para as pequenas e médias empresas que exportam produtos de baixo valor para os Estados Unidos.
A eliminação das isenções fiscais significa que todos os pacotes comerciais estarão sujeitos às tarifas correspondentes com base na origem e no valor do produto a partir de 29 de agosto.
O anúncio de Trump surge depois de os EUA e a União Europeia terem chegado a acordo sobre um novo acordo comercial, pondo fim a meses de tensões.
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