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Principal edifício governamental da Ucrânia em chamas: Rússia lança 823 ataques durante a noite

• Sep 7, 2025, 10:18 AM
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Pelo menos duas pessoas, incluindo um bebé, morreram durante um ataque russo durante a noite à capital ucraniana, Kiev, tendo sido provocado um incêndio num edifício governamental, segundo o presidente da câmara da cidade, Vitali Klitschko.

De sábado para domingo, a Rússia lançou 823 ataques sobre a Ucrânia, mas, segundo as Forças Armadas ucranianas, 751 foram destruídos. Por outro lado, nove mísseis e 54 drones de ataque atingiram o país.

O edifício alberga o governo ucraniano, incluindo os gabinetes dos ministros, cujo acesso foi bloqueado pela polícia à medida que chegavam os carros de bombeiros e as ambulâncias. É a primeira vez que a Rússia atinge um edifício governamental no centro da cidade.

Um ataque direto da Rússia a um edifício governamental marcaria uma escalada na guerra da Rússia contra a Ucrânia, mas Klitschko disse que o incêndio foi provavelmente causado pela queda de um drone e dos seus destroços.

Mulher frente a um edifício residencial fortemente danificado por um ataque russo em Kiev, Ucrânia - 7 de setembro de 2025.
Mulher frente a um edifício residencial fortemente danificado por um ataque russo em Kiev, Ucrânia - 7 de setembro de 2025. Evgeniy Maloletka/Copyright 2025 The AP. All rights reserved

Entretanto, a primeira-ministra da Ucrânia, Yulia Svyrydenko, declarou: "Pela primeira vez, o edifício do governo foi danificado por um ataque inimigo, incluindo o telhado e os andares superiores", acrescentando: "Vamos restaurar os edifícios, mas as vidas perdidas não podem ser devolvidas".

"O mundo deve responder a esta destruição não apenas com palavras, mas com acções. É necessário reforçar a pressão das sanções - principalmente contra o petróleo e o gás russos", afirmou.

O presidente Volodymyr Zelenskyy reagiu na rede social X, dizendo que "estas mortes, quando a verdadeira diplomacia já poderia ter começado há muito tempo, são um crime deliberado e um prolongamento da guerra".

Além do bebé, a outra vítima confirmada do ataque foi uma mulher jovem. Ambas terão sido mortas no bairro de Sviatoshynskyi, em Kiev. Os serviços de salvamento que trabalham no local estão atualmente à procura de um terceiro corpo.

Apartamento de jogador do Benfica atingido

Entretanto, 17 pessoas ficaram feridas em toda a capital, sete das quais foram hospitalizadas.

Nos bairros de Darnytskyi e Sviatoshynskyi, vários edifícios residenciais terão ardido, enquanto neste último, carros perto de uma estação de serviço e armazéns também se incendiaram.

Uma das casas atingidas foi o apartamento do jogador de futebol Heorhiy Sudakov, que atua no Benfica e na seleção nacional ucraniana. Dentro encontrava-se a esposa, Liza Sudakova, em fase avançada de gravidez do segundo filho, que reagiu publicando nas redes sociais: "Graças a Deus estamos vivos".

Vídeo mostra a destruição no prédio de Sudakov e família

O ataque de domingo é o segundo maior em Kiev nas últimas duas semanas, depois dos ataques de sábado.

A Rússia também atacou cidades próximas da linha da frente, incluindo Dnipro e Kryvyi Rih, utilizando drones e mísseis, deixando pelo menos quatro pessoas feridas e causando danos em infraestruturas, um edifício administrativo, empresas, residências privadas, edifícios altos, garagens e veículos, de acordo com o Serviço de Emergência do Estado da Ucrânia.

A primeira-ministra ucraniana afirmou também, numa publicação no Facebook, que as cidades de Kremenchuk e Odesa foram alvo dos ataques de ontem à noite.

O ataque ocorre depois de os líderes europeus terem instado o presidente russo, Vladimir Putin, a trabalhar para pôr fim à guerra, depois de 26 aliados da Ucrânia se terem comprometido a enviar tropas como "força de tranquilização" quando os combates terminarem.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, declarou que está disposto a encontrar-se com Putin para negociar um acordo de paz e apelou ao Presidente dos EUA, Donald Trump, para que imponha sanções rigorosas à Rússia, a fim de a pressionar a pôr termo ao conflito.